É um projeto de longo
prazo, assentado sobre o Boi, a Bala e a Bíblia.
Que agrupa industriais
interessados na servidão máxima da mão de obra e no estado mínimo: zero
imposto, zero direitos sociais.
Por Marcelo Azenha - Viomundo
É um projeto de longo prazo, assentado sobre o Boi, a
Bala e a Bíblia.
Que agrupa industriais interessados na servidão máxima
da mão de obra e no estado mínimo: zero imposto, zero direitos sociais.
Que precisa avançar sobre as terras indígenas em
associação com o capital internacional: mineração máxima, ambientalismo mínimo.
Que não cede um milímetro de terra aos indígenas, nem
aos quilombolas.
Que precisa da Bíblia não como um instrumento
libertador, mas de imposição do conformismo e do resgate da hierarquia.
Que mobiliza as forças da reação contra os que deram o
cartão do Bolsa Família e o registro de propriedade do Minha Casa, Minha Vida
às mulheres.
A meta cenográfica é um Brasil idealizado, pacificado,
da ditadura militar, quando supostamente não havia crime, nem corrupção, e as
mulheres, os negros e os gays sabiam seus lugares na hierarquia social.
Um Brasil de homens brancos, cristãos, cidadãos de bem,
de família.
Os mesmos que fizeram a Marcha com Deus pela Família e
derrubaram o governo constitucional de João Goulart em 1964 e a presidenta
Dilma Rousseff em 2016, num golpe misógino e corrupto, encabeçado pelo
“impoluto evangélico” Eduardo Cunha, “que Deus tenha piedade desta Nação”.
O País que tolerou o voto do deputado federal Jair
Bolsonaro em homenagem ao torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra agora se vê
às voltas com a expressão pública da simbologia nazista.
Não, não foi casual. É o reerguimento da extrema
direita brasileira sobre os cacos do integralismo e do Partido Nazista que
existiu entre nós.
Uma Aliança pelo Brasil que surge em associação
com o liberalismo, para extinguir o tradicional pêndulo UDN-PSD-PTB.
Caminhamos, assim, para a tradicional direita
brasileira ocupar o papel de centro político, governando em associação com a
extrema-direita.
Um novo paradigma, necessário para que a elite
escravista, africâner, consiga reproduzir seu capital num quadro de escassez
mundial.
Uma elite submissa aos interesses de Estados Unidos e
China pelo que nos restou entregar: produtos do solo e subsolo (minério de
ferro de Carajás, petróleo do pré-sal), mercadorias agrícolas (soja para
alimentar os porcos da China) e proteína animal (carne e frango para alimentar
humanos).
Um modelo ambientalmente inviável, uma bomba relógio
que será paga pelas próximas gerações na forma de rios e praias poluídas,
florestas destruídas, reservatórios de água contaminados e destruição da flora
e da fauna.
Esta é a Aliança pelo Brasil que une Skaf a Bolsonaro.
Veja:
O que está por trás do vídeo nazista do Alvim?
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