segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Rodamos as ruas do Rio depois de tiroteios e achamos balas fabricadas até na Europa da Guerra Fria

O Rio de Janeiro nunca soube a procedência de todas as balas que matam quase 1.500 pessoas por ano. Agora sabe.

Por Cecilia Olliveira no The Intercept.

O Rio de Janeiro nunca soube a procedência de todas as balas que matam quase 1.500 pessoas por ano. Agora sabe. No ano passado, durante 100 dias, nós começamos um trabalho jornalístico inédito: rodamos por 27 bairros da cidade nos instantes posteriores a trocas de tiros e coletamos do chão 137 cápsulas de munição para responder, afinal, de onde vêm as balas que empilham corpos pela cidade das operações sanguinolentas e dos inquéritos intoxicados?

Encontramos ainda quentes os cartuchos do mesmo lote de fabricação que matou Marielle Franco, mas não só. Também estavam pelas vielas munições fabricadas na China, nos EUA, na Rússia, na Bósnia – a maior parte delas é proibida no Brasil. Além de munição de última geração produzida por fábricas globais, achamos ainda, surpreendentemente, cápsulas fabricadas quatro décadas atrás na Bélgica, onde pode-se ver nitidamente a marcação da

Beba na Fonte> The Intercept.

Nenhum comentário: