A medida foi
criada pelo governo Lula, em 2005, com o objetivo de beneficiar famílias de
renda mais baixa. O fim do subsidio apresenta uma tentativa de quebra no
controle da Petrobras sobre o gás de cozinha no país. Foto: Guilherme
Santos /Sul21
O
Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), formado por ministros do
governo Bolsonaro, decidiu nesta quinta-feira (29) colocar fim na política de
subsídios ao gás de cozinha, praticada pela Petrobras. A medida foi criada pelo
governo Lula, em 2005, com o objetivo de beneficiar famílias de renda mais
baixa.
O
ministro de Minas e Energia, Beto Albuquerque, presidente do CNPE, defendeu o
fim do benefício afirmando que as famílias de renda baixa pagavam o mesmo valor
das indústrias e acredita que a decisão do CNPE pode diminuir os preços do gás.
“A resolução anterior [que previa descontos] era inócua porque a baixa renda já
não se beneficiava da diferença de preços, pagando preços similares ao da
indústria”, disse. Hoje o botijão de 13 quilos chega a ser comercializado por
até R$ 90.
A
medida representa, na verdade, uma tentativa de quebra no controle da Petrobras
sobre o gás de cozinha no país. O governo acredita que o preço do gás de
cozinha deve cair de R$ 23 na refinaria para cerca de R$ 16 com a entrada de
“competidores”. Albuquerque acredita que a Petrobras distorceu os valores nos
últimos anos.
O
preço do gás
de cozinha tem sofrido uma alta sequencial desde 2017 e nas eleições
foi alvo de propostas para a redução do insumo.
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