A arrecadação aumenta e o salário do professor despenca. Sem respeitar a vida e carreira dos profissionais do magistério, o governador Moises humilha a categoria sem reajustes e, cumpre a política de Bolsonaro, praticando o congelamento de investimentos nos salários dos educadores.
O programa ‘Minha Nova Escola’ que promete
investimentos de R$ 1,2 bilhões na educação, lançado no último dia 22 pelo
governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, ao lado do secretário de Educação,
Natalino Uggioni, teve a presença de mais de mil trabalhadores (as) em um
evento cheio de pompas. Porém, o programa ignora os mais de 45 mil
trabalhadores em educação do estado (efetivos e ACTS), não mencionando qualquer
tipo de recursos para investir na valorização desses profissionais que ainda
não tiveram qualquer reajuste este ano.
O programa contempla uma Educação Inovadora,
Infraestrutura Escolar (este ponto com 74% do investimento), Gestão Total,
Qualificação Permanente e Além da Escola (transporte), mas deixa de fora os/as
trabalhadores/as em educação.
São históricas as lutas e as denúncias do SINTE/SC com
relação a situação e precariedade nas escolas, casos graves e que até já
colocaram em risco a integridade física de estudantes e professores. Sabemos da
urgente necessidade de reformas em unidades escolares por todo o estado e
apoiamos. Entretanto, queremos saber por que a valorização salarial dos
trabalhadores em educação não está prevista nesse programa?
De acordo com entrevista do secretário de Educação
concedida à coluna de Estela Benetti, o Estado passará a pagar os inativos com
recursos do Tesouro. Essa medida que vai possibilitar a aplicação dos 25% do
orçamento para a educação, (conforme determina a constituição), foi uma luta
encabeçada pelo SINTE/SC que denuncia há anos a prática de maquiagem das contas
para desviar os recursos da educação.
O cumprimento do que a lei determina no investimento na
educação, trará um aporte de recursos para a pasta, além disso, segundo o
secretário Natalino Uggioni, por conta do crescimento de R$ 1 bilhão na
arrecadação do estado, será possível investir mais em educação. Porém, não há
indícios de que os investimentos também serão aplicados no salário dos
educadores.
Nossos estudantes merecem escolas com estrutura,
tecnologia, transporte e alimentação decentes, precisam de uma educação
transformadora, mas essa construção passa pela valorização de quem está no chão
da escola, quem dedica sua vida a ensinar, estes que estão com seus salários
defasados, com um grande arrocho em seu vale alimentação e que não receberam
reajuste em 2019.
A arrecadação aumenta e o salário do professor
despenca. Sem respeitar a vida e carreira dos profissionais do magistério, o
governador Moises humilha a categoria sem reajustes e, cumpre a política de
Bolsonaro, praticando o congelamento de investimentos nos salários dos
educadores.
Fonte: SINTE - SC
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