O “MV Bavand” já está
carregado com 48,4 mil toneladas de milho e aguarda o fornecimento de
combustível desde o dia 8 de junho. Já o “MV Termeh” deverá seguir para o Porto
de Imbituba (SC) e carregar cerca de 60 mil
toneladas de milho a granel. Somadas, as cargas superam os 100 milhões de reais.
O destino dos navios é o Porto Bandar Imam Khomeini, no Golfo Pérsico.
Airton
Fernandes – SECOM e (Foto: divulgação/Porto dos Paraná)
Mesmo mergulhado em grave crise econômica o Brasil de
Bolsonaro não faz movimento alguma para normalizar comércio exterior com Iran e
quatro navios de bandeira daquele país asiático permanecem mais de meses
impedido de abastecer nos portos de Paranaguá e Imbituba.
Os EUA têm ampliado suas sanções contra o Irã neste ano, visando atingir setor petrolífero do país. Isso atrapalhou o reabastecimento dos navios, com a estatal Petrobras recusando-se a vender combustível por temer represálias ao violar as regras norte-americanas.
Além
dos navios Bavand e Termeh, fundeados em Paranaguá (PR), outros dois navios de
bandeira iraniana (Ganj e The Finder) estão fundeados em Imbituba na mesma
situação. Os quatro navios
trouxeram ureia ao Brasil e pretendem retornar ao Irã carregando milho
brasileiro.
Veja matéria completa:
Band
Dois navios cargueiros de bandeira iraniana estão há
mais de 30 dias esperando para atracar no píer da Petrobrás, em Paranaguá.
Juntos eles precisam abastecer 1.700 toneladas de combustível HFO 380 para
poder seguir viagem.
Segundo publicou a revista Portos e Navios, a
afretadora dos navios “MV Bavand” e “MV Termeh”, a Petrobras se negou a
fornecer combustível aos cargueiros, porque eles estão na lista da OFAC – órgão
financeiro que controla ativos estrangeiros dos Estados Unidos, ligado ao
departamento de tesouro do governo norte-americano.
O “MV Bavand” já está carregado com 48,4 mil toneladas
de milho e aguarda o fornecimento de combustível desde o dia 8 de junho. Já o
“MV Termeh” deverá seguir para o Porto de Imbituba (SC) e carregar cerca de 60
mil toneladas de milho a granel. Somadas, as cargas superam os 100 milhões de
reais. O destino dos navios é o Porto Bandar Imam Khomeini, no Golfo Pérsico.
Cada navio conta com cerca de 15 tripulantes a bordo.
As empresas afretadoras têm gastos de US$ 15 mil somente com o pagamento de
sobrestadia dos navios, além de despesas extras por dia de afretamento. Se não
houvesse essa negativa da Petrobras, os navios teriam abastecido em cerca de 10
horas após a atracação.
O processo tramita em segredo de Justiça a pedido da
estatal brasileira, sendo analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Procurada pela BandNews Paranaguá, a assessoria de imprensa da Petrobras não se
manifestou até a manhã desta terça-feira. A reportagem também buscou ouvir a
Marinha do Brasil, mas a Capitania dos Portos do Paraná informou que não tem
ação no caso. A Agência Marítima, que atende os navios em Paranaguá, disse que
não iria se manifestar.
Reportagem: Kelly Frizzo - (Foto: divulgação/Arilson Peres)
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