domingo, 16 de junho de 2019

Janio: Imprensa, parte do STF e Janot ajudaram Moro e Dallagnol nos “atos delinquentes”

"Os atos delinquentes de Sergio Moro, Deltan Dallagnol e outros da Lava Jato só puderam multiplicar-se por contarem com o endosso de vozes e atitudes que deveriam eliminá-los", escreveu o jornalista

Por Jornal GGN

O jornalista Janio de Freitas publicou na Folha deste domingo (16) um artigo destacando o papel da imprensa, de parte do Supremo Tribunal Federal, de órgãos como o Conselho Nacional de Justiça e Conselho Nacional do Ministério Público, além do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nos atos delinquentes” de Sergio Moro e Deltan Dallagnol.

Janio frisa que há muito alguns críticos e advogados que atuam na Lava Jato vem demonstrando os abusos cometidos no âmbito da operação. Mas esses apontamentos foram diluídos ou mesmo abafados em meio à cobertura tendenciosa.

Os atos delinquentes de Sergio Moro, Deltan Dallagnol e outros da Lava Jato só puderam multiplicar-se por contarem com o endosso de vozes e atitudes que deveriam eliminá-los”, escreveu Janio.
“(…) a imprensa, incluído o telejornalismo, foi contribuinte decisivo nas ilegalidades encabeçadas por Sergio Moro. Aceitou-as, incensou-o, procurou tornar o menos legíveis e menos audíveis as deformações violadoras da ordem legal e da ética judiciária”, acrescentou.

Para Janio, parte da grande mídia segue abraçada a Moro e Dallagnol, não por acaso. “(…) a conduta da imprensa tem nomes, não foi anônima nem está encerrada. Nem corrigida: as críticas de um ou outro comentarista não compensaram o rápido esvaziamento das revelações do competente The Intercept Brasil.”

AS INSTITUIÇÕES

Sobre o Supremo, Janio apontou que os ministros Teori Zavascki e Edson Fachin, relatores da Lava Jato, deveriam ter filtrado os abusos da Lava Jato. Mas Fachin, assim como Cármen Lúcia e Luiz Fux, preferiram “não o fazer, ou por demagógico medo de desagrados externos, ou por sujeição majoritária à ideologia. Poucos [no STF] ficaram ilesos.”

“É indispensável reconhecer que Gilmar Mendes esteve certo nos seus ataques a procedimentos de Sergio Moro e dos procuradores da Lava Jato. Sem subscrever suas pesadas palavras, o sentido do muito que disse, com desprezo de vários colegas, foi verdadeiro. Os que apontaram as condutas transgressoras da Lava Jato foram muito atacados, mas eram os que estavam certos. Está provado, com as vozes dos políticos Sergio Moro e Deltan Dallagnol.”

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