O Conselho Federal da OAB divulgou “nota pública” a
propósito dos recentes fatos envolvendo o ex-juiz federal e ministro Sérgio
Moro e o procurador da República Deltan Dallagnol.
Confira a íntegra:
NOTA PÚBICA
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB) e o Colégio de Presidentes de Seccionais, por deliberação
unânime, manifestam perplexidade e preocupação com os fatos recentemente
noticiados pela mídia, envolvendo procuradores da república e um ex-magistrado,
tanto pelo fato de autoridades públicas supostamente terem sido “hackeadas”,
com grave risco à segurança institucional, quanto pelo conteúdo das conversas
veiculadas, que ameaçam caros alicerces do Estado Democrático de Direito.
É preciso, antes de tudo, prudência. A
íntegra dos documentos deve ser analisada para que, somente após o devido
processo legal – com todo o plexo de direitos fundamentais que lhe é inerente
–, seja formado juízo definitivo de valor.
Não se pode desconsiderar, contudo, a
gravidade dos fatos, o que demanda investigação plena, imparcial e isenta, na
medida em que estes envolvem membros do Ministério Público Federal, ex-membro
do Poder Judiciário e a possível relação de promiscuidade na condução de ações
penais no âmbito da operação lava-jato. Este quadro recomenda que os envolvidos
peçam afastamento dos cargos públicos que ocupam, especialmente para que as
investigações corram sem qualquer suspeita.
A independência e imparcialidade do Poder
Judiciário sempre foram valores defendidos e perseguidos por esta instituição,
que, de igual modo, zela pela liberdade de imprensa e sua prerrogativa
Constitucional de sigilo da fonte, tudo como forma de garantir a solidez dos
pilares democráticos da República.
A Ordem dos Advogados do Brasil, que tem em
seu histórico a defesa da Constituição, da ordem jurídica do Estado Democrático
e do regular funcionamento das instituições, não se furtará em tomar todas as
medidas cabíveis para o regular esclarecimento dos fatos, especialmente junto
ao Supremo Tribunal Federal (STF), Procuradoria-Geral da República (PGR),
Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e Conselho Nacional de Justiça
(CNJ), reafirmando, por fim, sua confiança nas instituições públicas.
Com informações Juscatarina
Com informações Juscatarina
Um comentário:
É sempre bom termos um blog como o sarrafo levando ao público as notícias de forma seria e imparcial. Penso que a OAB Imbituba tem de fazer também o pedido de expulsão de moro na TF 4
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