quinta-feira, 16 de maio de 2019

Grande dia: maior protesto já visto na Capital reúne 30 mil contra o desmonte da educação



Na estimativa dos organizadores, mais de 30 mil pessoas estiveram nas ruas de Florianópolis nesta quarta-feira, 15 de maio, dia nacional de mobilização contra os cortes orçamentários da educação e retrocessos sociais promovidos pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL). A Polícia Militar estimou em 20 mil participantes. Sendo um, ou sendo outro, o número de manifestantes superou todas as expectativas. Foi um dos maiores atos políticos já realizados na capital catarinense, comparado por muitas lideranças ao movimento das Diretas, em 1984. E preparatório para a greve geral convocada para 14 de junho, que deve parar o país.


Um dia memorável em defesa da educação, que reuniu estudantes secundaristas e universitários, professores das redes municipal, estadual e federal, dirigentes e funcionários escolares, pais de alunos, lideranças comunitárias e políticas, militantes de movimentos sociais e sindicatos.


Nos rostos dos estudantes, muitas expressões demonstravam angústia, ansiedade ou desesperança. Mas eles estavam nas ruas, engajados, empolgados e indignados. Nada de muito diferente do que se viu, por exemplo, durante a ditadura militar. Os estudantes sempre foram protagonistas nas lutas pela democracia e pela valorização da educação.


Não houve incidentes graves durante todo o dia, nem nos campi da UFSC, Udesc e institutos federais, nem no trajeto da Trindade até o Largo da Catedral. Ato pacífico, que contrariou totalmente o discurso dos deputados bolsonaristas e do próprio Bolsonaro, exibidos no Jornal Nacional. Não houve baderna, pelo menos em Florianópolis e outros municípios catarinenses que realizaram o protesto. Houve, sim, um espírito coletivo de repulsa às políticas adotadas pelos governantes em relação à educação e à Previdência Social. “Fora Bolsonaro!” foi um grito recorrente, que ecoou no “vale de concreto” em que está espremida a Catedral e também no trajeto entre a Praça 15 e o Ticen

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Os sindicatos dos municipários (Sintrasem), na foto acima, da educação estadual (Sinte), dos servidores estaduais (Sintespe) e dos eletricitários (Sinergia) marcaram presença com suas bandeiras de luta. O Sintrasem, em especial, foi o “puxador” dos protestos pela região central. É a maior e mais organizada entidade sindical da Grande Florianópolis, temida pela prefeitura e combatida pelos vereadores e lideranças de extrema-direita. Exatamente porque tem um incrível poder de mobilização: lida de forma direta com a chamada “ponta” do serviço público – o atendimento comunitário de saúde e educação. O contato direto com a comunidade é o maior cacife dos trabalhadores do serviço público municipal.

Entre as bandeiras partidárias, destaque para o PSTU, PCdoB, PCB e PT. Havia também representantes de tendências anarquistas, do movimento Desterro Antifascista e da Esquerda Marxista. Sem contar a presença de centrais sindicais, a CUT a maior e mais forte delas.

Confira outras imagens, todas registradas pelo autor do blog;


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