quarta-feira, 3 de abril de 2019

Centrais lançam nesta quinta (4) abaixo-assinado contra a Reforma da Previdência

 Sindicalistas se reuniram nas capitais brasileiras para coletar assinaturas contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Previdência. Foto: Guilherme Santos/Sul21

O abaixo-assinado será ampliado para todo o Brasil, segundo afirma Sergio Nobre, secretário Geral da CUT: “nos 27 estados e no Distrito Federal, haverá coleta de assinaturas. Nós vamos entregar esse abaixo-assinado ao Congresso, logo após o Dia do Trabalhador (1º de maio), para mostrar aos deputados que o povo brasileiro não quer essa reforma”.

Um a um Centrais sindicais lançam na quinta (4), em São Paulo, um abaixo-assinado contra a reforma da Previdência. Haverá mobilização para recolher assinaturas nos locais de trabalho de cada categoria.

Me represente O documento, intitulado “Em defesa da Previdência pública e solidária”, faz um apelo para que os deputados votem contra as mudanças na aposentadoria.

Sindicalistas pretendem entregar assinaturas ao Congresso após as comemorações do 1° de Maio para mostrar que os brasileiros não querem a reforma de Bolsonaro.

A CUT e as centrais sindicais CTB, Força Sindical, Nova Central, CGTB, Intersindical e CSP-Conlutas se reuniram ontem (26/03) em São Paulo para fazer uma avaliação do Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência, realizado no dia 22, e discutir estratégias para barrar a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 06/2019 da reforma da Previdência.

Foi consenso entre as lideranças sindicais que a mobilização na última sexta, que levou milhares de pessoas às ruas de todo o país, foi "espetacular e acima das expectativas", disse Sérgio Nobre, Secretário-Geral da CUT.
Segundo ele, os dirigentes avaliaram que a classe trabalhadora "entrou firme na luta em defesa da previdência".

As centrais definiram como prioridade organizar o 1° de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, deste ano com a participação de todas as centrais sindicais em um único ato e com uma palavra de ordem que é consenso entre todos: não à reforma de Bolsonaro, que acaba com a possibilidade de aposentadoria para milhões de brasileiros, além de reduzir o valor dos benefícios de quem já é aposentado e de quem conseguir se aposentar.

Pela primeira vez haverá um palanque único de todas as centrais, o que ocorre graças à conjuntura atual, de crise política e econômica que o Brasil vive.
Antes disso, como preparação para o 1° de Maio, na próxima terça-feira, 2 de abril, as centrais farão uma atividade na Praça Ramos, no centro de São Paulo, para coletar assinaturas contra a reforma.

O abaixo-assinado, segundo Sérgio Nobre, será ampliado para todo o Brasil:"nos 27 estados e no Distrito Federal, haverá coleta de assinaturas. Nós vamos entregar esse abaixo-assinado ao Congresso, logo após o Dia do Trabalhador, para mostrar aos deputados que o povo brasileiro não quer essa reforma".

No dia 2, o DIEESE levará à praça o "Aposentômetro", ferramenta elaborada para o trabalhador calcular quanto tempo falta para a sua aposentadoria pelas regras atuais e como ficará se a reforma for aprovada.
"Vamos dialogar com a sociedade sobre a reforma, mostrar para os trabalhadores os prejuízos dessa proposta do [ministro da Economia] Paulo Guedes e de Bolsonaro. Montaremos barracas, com computadores, inclusive, para simular como ficaria a aposentadoria se a reforma acontecer", conta Sérgio Nobre.

Greve Geral

Ainda segundo Sérgio Nobre, também é unanimidade entre as centrais a possiblidade de uma greve geral, caso a reforma avance na Câmara.

"Na reunião foi referendada a necessidade de uma grande greve se Bolsonaro insistir em levar adiante essa 'porcaria' de reforma".


Fonte: André Accarini - CUT

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