domingo, 20 de janeiro de 2019

Mais um filho de Bolsonaro dá mau exemplo com dinheiro público

Carlos Bolsonaro atesta que seu funcionário era assíduo

Por: Gilberto Dimenstein

Dessa vez, o mau exemplo com dinheiro público vem de Carlos Bolsonaro – espécie de porta-voz do pai nas redes sociais.
O que foi feito é conhecido: uso de dinheiro público para fins particulares.
Veja essa notícia publicada na Catraca.

Segundo informação divulgada pelo jornal O Globo, por meio da Lei de Acesso à Informação, o vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ) atestou a presença integral do ex-assessor Tercio Arnaud Tomaz, ainda que, na época, ele trabalhasse para o hoje presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Contratado para a equipe de Carlos Bolsonaro em 6 de dezembro de 2017, como auxiliar de gabinete, com um salário de R$ 3.641, ele permaneceu nos quadros do legislativo carioca até 1 de janeiro deste ano, quando deixou a função para ser nomeado assessor especial da Presidência, ganhando R$ 13 mil.

Tércio foi nomeado assessor especial da Presidência em janeiro deste ano

Apesar disso, segundo levantamento feito em agosto do ano passado, Tercio fazia parte da equipe de comunicação e mídias sociais da campanha do presidente eleito. E logo após a eleição, passou a se apresentar a jornalistas  como assessor de comunicação do presidente eleito — quando, inclusive, divulgou suas agendas, fotos, vídeos e respondendo a imprensa.

Rotina que, no entanto, não está de acordo com o que foi apresentado nas planilhas mensais de frequência dos funcionários do gabinete de Carlos Bolsonaro. Apesar de Tercio ter acompanhado Jair Bolsonaro em viagens para outros estados sem a presença de Carlos — o vereador declarou presença integral para o assessor entre dezembro de 2017 e novembro de 2018.


Não chega a ser novidade na família.

Jair Bolsonaro atestou por dois anos assiduidade de uma funcionário em seu gabinete – Nathalia Queiroz – que era personal trainer em horário comercial.
Nathália, como se sabe, era filho de Queiroz e, antes, estava lotada no gabinete de Flávio Bolsonaro, onde também exercia múltiplas tarefas em horário comercial: trabalhava numa academia com carteira assinada e estudava.

Também assessor de Flávio, Wellington Sérvulo Romano, . entre 2015 e 2016, passou 248 dias no exterior enquanto ocupava cargo remunerado na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Ele recebia salário de R$ 5.400 e, de acordo com o Coaf, realizou depósitos para Queiroz, ex-assessor mais famoso de Flávio.

Renato Antônio Bolsonaro foi exoneradodo cargo de assessor especial do deputado estadual André do Prado (PR) depois de ser considerado funcionário fantasma na Assembleia Legislativa de São Paulo.

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