Por
Catraca Livre
Convencido de que dificilmente Geraldo Alckmin
conseguiria ir ao segundo turno, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
afirma a amigos que, por exclusão, terá de apoiar o petista Fernando Haddad no
segundo turno, sustentando que o partido deveria seguir a mesma opção.
Segundo pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira, 18,
o petista chegou a 19% e se isolou no segundo lugar, atrás de Jair Bolsonaro (PSL), que está com 28%.
Ele ressalta que apenas dará o apoio a Haddad no segundo turno. Até lá, ficará ao lado
de Alckmin, que não teve seu apoio para ser candidato
presidencial.
FHC diz que não gosta da volta do PT ao Planalto, por
considerar que o partido não defende o que considera as reformas necessárias
para o país – especialmente a da Previdência. Considera, ainda, que o PT não
tem uma visão econômica “correta” sobre como devolver o crescimento ao país, já
que defende uma presença forte do Estado.
Mesmo assim, o tucano considera que Bolsonaro seria uma
opção pior, uma “ameaça” à democracia. FHC suspeita que, com o deputado, haverá
um risco autoritário permanente e crise institucional, devido à sua fragilidade
de apoios no Congresso.
Na época da ditadura, FHC foi exilado. Existe também
uma questão pessoal: o candidato do PSL chegou a dizer, em entrevista a uma
emissora, que fuzilaria Fernando Henrique Cardoso, acusando-o de corrupção.
Apesar das divergências políticas, FHC tem um bom
relacionamento pessoal com Haddad – ambos têm a mesma base acadêmica, a USP.
Haddad já disse publicamente que pretende procurar o PSDB para obter apoio na
disputa de um eventual segundo turno.
Nenhum comentário:
Postar um comentário