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do Prisco
A grande dúvida da cúpula partidária do PSDB
catarinense e analistas políticos são o quanto esses indiciamentos na justiça podem
arranhar possíveis candidaturas de Napoleão Bernardes ao senado e Paulo Bauer
ao Governo.
Ao cidadão comum fica a dúvida se os políticos infratores serão tratados pela Justiça com o mesmo peso e medida.
O Jornal Diário Catarinense (DC) em matéria de ontem, 18,
nos dá uma amostra que nem todos são iguais perante a lei. Veja:
PGR
pede para que processo contra senador e ex-prefeito de SC desça para 1ª
instância
Por DC
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu que a
investigação oriunda da Operação Lava-Jato sobre o senador Dalírio Beber (PSDB)
e o ex-prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes (PSDB), que hoje tramita no
Supremo Tribunal Federal (STF), seja encaminhada para a primeira instância da
Justiça estadual catarinense. A petição tem como base uma decisão do próprio
STF que restringe o foro por prerrogativa de função. O pedido, assinado pela
procuradora-chefe da PGR, Raquel Dodge, entrou no sistema do STF na última
sexta-feira. Agora, a relatora do processo, ministra Rosa Weber, decidirá se
atende ou não a solicitação da PGR.
Segundo a PGR, os fatos investigados ocorreram enquanto
Dalírio Beber ocupava o cargo de Presidente da Companhia Catarinense de Águas e
Saneamento (Casan) e não possuem vinculação ao cargo de senador da República,
exercido pelo parlamentar investigado desde 19 de maio de 2015. A PGR informou
à reportagem que o pedido é para que todo o inquérito vá para a Justiça
catarinense. A medida inclui o ex-prefeito Napoleão Bernardes.
Em abril do ano passado, o ministro Edson Fachin,
relator da Lava Jato no STF, autorizou a abertura de um inquérito sobre o
senador Dalírio Beber e o ex-prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes. Beber é
suspeito de articular, em 2012, o repasse de R$ 500 mil para a campanha do
então candidato a prefeito Napoleão Bernardes. O caso teve como base as
delações premiadas de Paulo Roberto Welzel e Fernando Cunha Santos Reis, que
eram executivos da construtora Odebrecht. No final de abril, a Polícia Federal
pediu e Rosa Weber concedeu mais 60 dias de prazo para novas diligências
policiais. Os resultados das diligências já foram juntados ao processo.
Defesa de Dalírio pediu arquivamento da ação
A advogada Sandra Krieger Gonçalves, uma das que
representa a defesa de Beber, afirma que ainda está se inteirando do teor da
manifestação da PGR, na noite desta segunda-feira. Ela explica que foi feito um
pedido de arquivamento do processo "por falta de provas".
— A ministra Rosa Weber baixou o inquérito, a polícia
complementou as investigações, e devolveu. E diante do resultado, na opinião na
defesa, nós entendemos que haveria elementos para o arquivamento imediato do
inquérito. Então, essa petição entrou em conjunto com a petição da PGR, e as
duas devem ser analisadas em conjunto. Depois disso, vamos definir nossa
estratégia. Mas, independente da instância, o importante é que não há provas —
avalia Sandra.
A reportagem não localizou o advogado José Eduardo
Rangel de Alckmin, nome que aparece como defensor do ex-prefeito Napoleão
Bernardes no sistema processual do STF.
A reportagem conversou com um assessor de imprensa de Napoleão,
explicou-lhe o motivo da ligação, e aguarda um posicionamento do ex-prefeito para acrescentar sua versão do
ocorrido à matéria.
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