sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Homenagem para Anita Garibaldi nesta sexta-feira, dia 4

Anita Garibaldi será lembrada hoje em Laguna pelos 168 anos de sua morte. Será a partir das 10h30, aos pés da estátua de bronze na praça República Juliana.


Por André Luiz - Difusora

Há 168 anos, na Itália, a guerreira Anita Garibaldi, perseguida pelo exército austríaco, morreu nos braços de Garibaldi, numa fazenda em Mandriole, 400 quilômetros ao nordeste de Roma. Era 4 de agosto de 1849.


Nesta sexta-feira, em Laguna, moradores e autoridades irão promover homenagens a heroína, a partir das 10h30min, aos pés da estátua de bronze de Anita, na praça República Juliana. Realização da Fundação Lagunense de Cultura.


Estátua de Anita Garibaldi, no palco da revolução

Ana Maria de Jesus Ribeiro, mais conhecida como Anita Garibaldi, nasceu em 30 de agosto de 1821, em Morrinhos do Mirim, então município de Laguna, filha de Bento Ribeiro da Silva e Maria Antônia de Jesus Antunes. Não existe uma fotografia de Anita, uma pintura do seu retrato no Uruguai, considerada pelos pesquisadores, a imagem mais verdadeira. (foto da matéria)

De origem simples, casou-se pela primeira vez, em 1835, com o sapateiro Manoel Duarte de Aguiar. A casa onde Anita preparou-se para o casamento, pertenceu a João Joaquim Mendes Braga, local onde as mulheres alugavam vestidos de noivas. Mais tarde, foi transformada em museu, com utensílios da época.

Com o surgimento, no Rio Grande do Sul, do movimento dos farrapos contra a monarquia, Manoel aliou-se às forças imperiais e seguiu com o exército abandonando sua esposa. Ocorre em 1836, a Proclamação da República Rio Grandense, e a necessidade de um porto marítimo contribuí para a tomada da Vila de Laguna, em Santa Catarina.

No dia 22 de julho de 1839, as forças farroupilhas, com a ajuda de Giuseppe Garibaldi (1807 – 1882), político e militar revolucionário italiano, tomaram a Vila e proclamaram a República Juliana. O fato ocorreu no prédio da Câmara, hoje museu Anita Garibaldi, na frente do espaço tem uma estátua de bronze em homenagem a heroína.

Aos 18 anos, Ana Maria conhece o italiano Giuseppe e se apaixona. No mesmo ano, em 15 de novembro de 1839, durante um ataque violento a tropa imperalista invade Laguna, o casal consegue fugir.

Durante a batalha de Curitibanos, eles se separam e Anita é capturada pelo exército imperial. Os oficiais a informam de que Garibaldi morreu. Anita, que estava grávida, pede então que a deixem procurar o corpo de seu companheiro entre os mortos. Sem encontrá-lo, suspeitando que estivesse vivo, ela se aproveita de um descuido dos soldados, salta sobre um cavalo e foge em meio aos disparos de seus perseguidores.

Poucos quilômetros depois, depara-se com o rio Canoas e lança-se nas águas. A perseguição cessa, pois os soldados acreditam que ela esteja morta. Mas Anita passa à outra margem e vaga durante quatro dias pela mata, sem comer ou beber. Finalmente, reencontra os rebeldes e, na cidade de Vacaria, une-se novamente a Garibaldi.

Em 16 de setembro de 1940, Anita tem seu primeiro filho com Garibaldi, casa-se em 26 de março de 1842, no Uruguai. Em 1847, Garibaldi enviou Anita à Itália, como sua embaixadora, a fim de preparar o terreno para o grande retorno de seu marido, acompanhado de um exército de mil homens, pretendia desembarcar na Itália para lutar na primeira guerra da independência italiana, contra a Áustria.

Depois da chegada de Garibaldi, eles seguem para Roma, onde se proclama a República Romana. A cidade, contudo, é atacada por tropas franco-austríacas, e Anita, grávida do quinto filho, luta ao lado de Garibaldi na batalha de Gianicolo. Obrigados a bater em retirada, o casal foge acompanhado de um exército de quase quatro mil soldados.

Alguns caíram em poder dos austríacos. Anita e Giuseppe, com alguns companheiros, abrigaram-se numa propriedade rural nas proximidades de Ravenna.

Anita grávida, com seu estado de saúde precário, veio a falecer, por volta das 19h45min, do dia 4 de agosto de 1849, antes dos trinta anos de idade. Em sua memória foram erguidos monumentos em Roma, Ravenna, Porto Alegre, Belo Horizonte, Florianópolis, Laguna e Tubarão.

Como chegar:
Rua Raulino Horn, no centro histórico

Texto: Jornalista Taís Sutero JP 1796

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