Estudo
mostra que o 1% dos trabalhadores do Brasil com os maiores rendimentos recebeu
36,3 vezes mais do que a metade com menores salários
Por Nocaute
Dados divulgados hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) mostra que 10% da população mais rica do país concentra
43,4% do rendimento mensal real domiciliar per capita, enquanto os 10% mais
pobres detém 0,8% dessa quantia.
O levantamento foi feito ao longo de 2016 por meio da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD). O estudo mostra
que o 1% dos trabalhadores com os maiores rendimentos recebia R$ 27.085, em
média, ou 36,3 vezes mais do que a metade com os menores rendimentos de
trabalho (R$ 747).
A pesquisa revela também que 50% dos trabalhadores
brasileiros recebiam por mês, em média, 15% menos que o salário mínimo,
equivalente a R$ 880 em 2016 . Dos 88,9 milhões de trabalhadores ocupados no
ano, 44,4 milhões recebiam, em média, R$ 747 por mês.
O índice de Gini, que varia de zero (perfeita
igualdade) até um (desigualdade máxima), do rendimento mensal real domiciliar
per capita foi de 0,549. Entre as grandes regiões, o menor índice foi no Sul
(0,473) e o maior, no Nordeste (0,555) – região que também apresentou a maior
parcela de pessoas com renda distinta do trabalho, como aposentadoria, pensão e
aluguel.
Segundo o levantamento, os homens recebiam, em média,
por mês, R$ 2.380, enquanto as mulheres recebiam R$ 1.836, o que representa
77,1% do rendimento masculino.
O rendimento médio mensal das pessoas brancas (R$
2.810) era maior que o das pessoas pardas (R$ 1.524) e pretas (R$ 1.547), e
30,8% superior à média nacional de R$ 2.149, enquanto as pardas e pretas
receberam rendimentos 29,1% e 28%, respectivamente, inferiores a essa média.
*Com informações da Agência Brasil
Foto EBC
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