A operação busca
combater o desvio de recursos públicos na administração das Casas de
Atendimento Socioeducativo Provisório de Tubarão e Criciúma e nas Casas de
Semiliberdade de Criciúma e Araranguá.
DoDN
Sul | Portal de Notícias
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado (Gaeco) está mobilizado desde o início da manhã desta quinta-feira,
27, em operação em Criciúma, nomeada de Operação Talentos. O alvo é a
organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) Multiplicando
Talentos, que fica na rua Henrique Lage, bairro Santa Barbara.
O presidente da OSCIP foi preso preventivamente e
outros nove colaboradores tiveram decretada prisão temporária. O Gaeco
pegou documentos e está levando para a sede para análise.
A Operação Talentos visa combater desvio de recursos
públicos na administração das Casas de Atendimento Socioeducativo Provisório
(Casep) de Tubarão e de Criciúma e nas Casas de Semiliberdade de Criciúma e
Araranguá, geridas pela organização.
Amanhã, sexta-feira, 28, às 11h, haverá entrevista
coletiva à imprensa no Fórum de Criciúma para repassar mais informações. A
coordenação do Gaeco quer ter uma denúncia oficializada sobre este caso até o
final da semana que vem.
A investigação, promovida pela 11ª Promotoria de
Justiça de Criciúma, responsável pela área de moralidade administrativa, foi
iniciada em 2015 a partir do depoimento de um ex-funcionário da Multiplicando
Talentos.
A quebra de sigilo bancário dos principais investigados,
autorizado pelo Juízo da 2ª Vara Criminal de Criciúma, indicou movimentações
suspeitas nas contas da Multiplicando Talentos, de seu presidente, e das
empresas privadas por ele criadas.
As investigações apontam que muitos pagamentos
efetuados pela Multiplicando Talentos a fornecedores de bens e serviços aos
Caseps e Casas de Semiliberdade voltavam para as contas pessoais do presidente
da Multiplicando Talentos. Além disso, há indicativos de que recursos públicos
foram empregados na construção de uma casa situada em terreno particular em
Araranguá, visando beneficiar exclusivamente o presidente.
Outras irregularidades, como a contratação de
servidores para a Multiplicando Talentos e para as empresas pessoais do
presidente da OSCIP pagos com dinheiro público, também estão sendo
investigadas. Estima-se, inicialmente, que os prejuízos aos cofres públicos
superem R$ 1,5 milhão.
Houve também mandados de busca e apreensão nas
residências dos investigados, empresas particulares e órgãos públicos, além de
sequestro de bens para garantir o ressarcimento aos cofres públicos.
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