sexta-feira, 28 de julho de 2017

Com fotos e Video - Gaeco deflagra operação na região Sul para combater desvio de recursos públicos

A operação busca combater o desvio de recursos públicos na administração das Casas de Atendimento Socioeducativo Provisório de Tubarão e Criciúma e nas Casas de Semiliberdade de Criciúma e Araranguá.

DoDN Sul | Portal de Notícias

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) está mobilizado desde o início da manhã desta quinta-feira, 27, em operação em Criciúma, nomeada de Operação Talentos. O alvo é a organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) Multiplicando Talentos, que fica na rua Henrique Lage, bairro Santa Barbara.


O presidente da OSCIP foi preso preventivamente e outros nove colaboradores tiveram decretada prisão temporária. O Gaeco pegou documentos e está levando para a sede para análise.

A Operação Talentos visa combater desvio de recursos públicos na administração das Casas de Atendimento Socioeducativo Provisório (Casep) de Tubarão e de Criciúma e nas Casas de Semiliberdade de Criciúma e Araranguá, geridas pela organização.

Amanhã, sexta-feira, 28, às 11h, haverá entrevista coletiva à imprensa no Fórum de Criciúma para repassar mais informações. A coordenação do Gaeco quer ter uma denúncia oficializada sobre este caso até o final da semana que vem.

A investigação, promovida pela 11ª Promotoria de Justiça de Criciúma, responsável pela área de moralidade administrativa, foi iniciada em 2015 a partir do depoimento de um ex-funcionário da Multiplicando Talentos.
A quebra de sigilo bancário dos principais investigados, autorizado pelo Juízo da 2ª Vara Criminal de Criciúma, indicou movimentações suspeitas nas contas da Multiplicando Talentos, de seu presidente, e das empresas privadas por ele criadas.

As investigações apontam que muitos pagamentos efetuados pela Multiplicando Talentos a fornecedores de bens e serviços aos Caseps e Casas de Semiliberdade voltavam para as contas pessoais do presidente da Multiplicando Talentos. Além disso, há indicativos de que recursos públicos foram empregados na construção de uma casa situada em terreno particular em Araranguá, visando beneficiar exclusivamente o presidente.

Outras irregularidades, como a contratação de servidores para a Multiplicando Talentos e para as empresas pessoais do presidente da OSCIP pagos com dinheiro público, também estão sendo investigadas. Estima-se, inicialmente, que os prejuízos aos cofres públicos superem R$ 1,5 milhão.

Houve também mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados, empresas particulares e órgãos públicos, além de sequestro de bens para garantir o ressarcimento aos cofres públicos.

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