Vamos! De pé! Abram alas
À ideia da Abolição!
Já não existem senzalas,
Foi outrora a escravidão!”
(Oliveira e Silva)
Por Patricia Nascimento*
Olá, amig@s!
Na rica história do
Brasil, uma face atroz não pode ser escondida, muito embora cause-nos ainda
sofrimento, é impossível deixar de refletir sobre os séculos de escravidão que
foram submetid@s milhares de negr@s oriund@s do continente africano, em terras
brasileiras.
Num tempo em que mulheres,
homens e crianças foram retirad@s violentamente de seus lares, tratad@s como
mercadorias, conduzid@s nos porões de tumbeiros em condições
desumanas, destinad@s a servidão além-mar, pelas mãos dos escravocratas
europeus, e, de semelhante forma, ocorreu no tenebroso período da então
colonização portuguesa em nosso país, iniciado em abril de 1500 no território
que já habitavam diversos povosindígenas, também vitimados pelos luso invasores.
Em meio aos anos de
dilaceração da dignidade humana, diversas lutas foram travadas em favor da
erradicação do trabalho escravo, dando surgimento ao movimento
abolicionista, formado pelos estudiosos da época, advogados, políticos,
escritores, artistas e população em geral.
Entre seus representantes,
personalidades como a compositora Chiquinha
Gonzaga, o poeta Castro Alves, o jornalista Luís Gama,
o jurista e político Rui Barbosa e tantos outros adeptos que, por meio
do empenho coletivo conquistaram grandes avanços naquele contexto, resultando
em Leis abolicionistas, a exemplo da Lei do Ventre Livre(1871), que declarava
livre todos os filhos de escravos nascidos a partir daquela data; a Lei do
Sexagenário(1885), que declarava livre os escravos com mais de 65 anos de
idade; e a Lei Áurea, esta última promulgada em 13 de maio de 1888,
sendo o último país do ocidente a tornar a comercialização de pessoas ilegal.
Mas é preciso compreendermos
que, ao assinar a Lei Áurea, a princesa Isabel de Bragança não o fez por
questões morais ou humanitárias, mas sim, pelo fato do império estar sofrendo
grande pressão do mercado internacional, em especial da Inglaterra, que foi a
grande propulsora para erradicação do comércio e utilização de escravos aqui,
com intenções nada nobres, visto que os ingleses objetivavam converter
trabalhadores escravos, em consumidores de suas mercadorias, impulsionando
assim a economia britânica.
No entanto, após os 388
anos de efetiva escravidão, ainda convivemos com as consequências da falta de
amparo e políticas públicas destinadas aos negros e negras violentados pela
usura humana, errantes pós libertação em 14 de maio de 1888, como algoz do
cárcere da liberdade, tiveram a falta de moradia, educação de qualidade,
emprego e salários dignos, fatores que, infelizmente, nos levam a crer que a
servidão, para alguns, ainda não acabou.
Abraços, pessoal!
*
Patricia Nascimento
Especialista em Tecnologias na Aprendizagem, por meio do Centro Universitário SENAC/SP, graduada em Comunicação pela Universidade Jorge Amado - UNIJORGE, egressa da escola pública estadual baiana, colaboradora da Rede Anísio Teixeira/CTE-IAT - Gestão de Projetos.
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