O estudante
catarinense Vitor Rodrigues Fregulia diz que tentou afastar artefato jogado
pelos policiais. PM diz que versão não procede
Uma das imagens mais chocantes da manifestação que
terminou em quebra-quebra na Esplanada dos Ministérios na tarde dessa quarta-feira
(24/5) foi a de um jovem com a mão direita dilacerada. O vídeo feito durante o
protesto ganhou as redes sociais e mostra o rapaz sendo conduzido por um outro
manifestante com a mão ensanguentada.
Vitor Rodrigues Fregulia, 21 anos, é quem protagoniza a
cena chocante. Ele perdeu três dedos. Passou por uma cirurgia no Hospital de
Base do Distrito Federal (HBDF) e segue internado, sem previsão de alta. A
versão inicial é de que ele se feriu gravemente depois de jogar um rojão contra
os policiais. Ao Metrópoles, o estudante nega. Diz que tentou se livrar de uma
das bombas lançadas pelos PMs, quando ocorreu a explosão.
O rapaz veio de Santa Catarina com mais 35 pessoas para
participar da manifestação na Esplanada. Viajaram 36 horas até chegar à capital
do país. Ingrid Leitemberg é coordenadora do grupo e ficou em Brasília para
acompanhar o jovem no Hospital de Base. Os outros manifestantes já voltaram
para Florianópolis.
Ela confirma a versão do estudante. “Fomos atingidos e
ele, no momento, tentou afastar aquela bomba que estava perto de todos ali.
Infelizmente, fez isso com a mão e aconteceu o estrago”, disse. Ingrid afirma
que estava no alto do carro de som, logo atrás, e viu quando a PM jogou bombas
na direção do grupo.
Cirurgia de reconstrução
Estudante de física do Instituto Federal de Araranguá,
Vitor mora com o pai no município, que fica a 200km da capital catarinense.
Segundo Ingrid, o jovem passou por uma cirurgia de reconstrução, após perder
parte dos dedos indicador, anelar e polegar da mão direita.
Vitor está entre as 49 pessoas que ficaram feridas
durante a manifestação, sendo oito policiais. Ao todo, 45 foram atendidas nos
Hospital de Base e Regional da Asa Norte (Hran). Quatro continuam internadas
no HBDF.
Apesar da gravidade do ferimento na mão direita, Vitor
está estável, respira sem a ajuda de aparelhos. Segundo Ingrid, o estudante
está bem psicologicamente. Ela ficará com Vitor até que seja liberado do
Hospital de Base.
De acordo com a Polícia Militar, a versão é
“praticamente impossível”.
A corporação afirma que apenas um dos dois tipos de
bombas utilizadas durante a manifestação pode causar lesões. O ferimento, no
entanto, seria improvável porque os artefatos explodem muito rápido, com
1,5 segundo ou 3 segundos após serem lançadas, diz a PMDF. Ainda segundo a
corporação, o outro tipo de bomba usada não poderia causar dano porque
não explode.
Entre os feridos, o estado mais grave é de um rapaz que
levou um tiro no maxilar. De acordo com a Secretaria de Saúde, o homem,
identificado apenas com as iniciais C.G.S, está sedado no Centro de Trauma do
Hospital de Base, respirando com a ajuda de aparelhos, mas seu quadro é
estável.
Nesta quinta, o secretário de Segurança Pública e da
Paz Social do Distrito Federal (SSP-DF), Edval de Oliveira Novaes Júnior,
informou que os policiais que usaram armas de fogo durante a manifestação de quarta (24), na Esplanada dos Ministérios, foram
identificados. O inquérito policial já foi instaurado.
“A regra é a utilização de armamento não letal e de uso
progressivo da força. Isso foi uma exceção, não estava previsto (o uso de arma
letal), e estamos apurando rigorosamente”, disse o secretário. Ele acrescentou
que esses PMs serão responsabilizados.
Uma das imagens mais chocantes da manifestação que
terminou em quebra-quebra na Esplanada dos Ministérios na tarde dessa
quarta-feira (24/5) foi a de um jovem com a mão direita dilacerada. O vídeo
feito durante o protesto ganhou as redes sociais e mostra o rapaz sendo
conduzido por um outro manifestante com a mão ensanguentada.
Vitor Rodrigues Fregulia, 21 anos, é quem protagoniza a
cena chocante. Ele perdeu três dedos. Passou por uma cirurgia no Hospital de
Base do Distrito Federal (HBDF) e segue internado, sem previsão de alta. A
versão inicial é de que ele se feriu gravemente depois de jogar um rojão contra
os policiais. Ao Metrópoles, o estudante nega. Diz que tentou se livrar de uma
das bombas lançadas pelos PMs, quando ocorreu a explosão.
Vitor está
internado no Hospital de Base do Distrito Federal, sem previsão de alta
]
O rapaz veio de Santa Catarina com mais 35 pessoas para
participar da manifestação na Esplanada. Viajaram 36 horas até chegar à capital
do país. Ingrid Leitemberg é coordenadora do grupo e ficou em Brasília para
acompanhar o jovem no Hospital de Base. Os outros manifestantes já voltaram
para Florianópolis.
Ela confirma a versão do estudante. “Fomos atingidos e
ele, no momento, tentou afastar aquela bomba que estava perto de todos ali.
Infelizmente, fez isso com a mão e aconteceu o estrago”, disse. Ingrid afirma
que estava no alto do carro de som, logo atrás, e viu quando a PM jogou bombas
na direção do grupo.
Cirurgia de reconstrução
Estudante de física do Instituto Federal de Araranguá,
Vitor mora com o pai no município, que fica a 200km da capital catarinense.
Segundo Ingrid, o jovem passou por uma cirurgia de reconstrução, após perder
parte dos dedos indicador, anelar e polegar da mão direita.
Fonte Portal Metrópoles
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