Do Jornal GGN
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF)
julga, na sessão desta terça-feira (02), o pedido de habeas corpus que pode
libertar o ex-ministro José Dirceu da prisão decretada por Sérgio Moro, da Vara
Federal de Curitiba. Preso desde 2015, Dirceu recorre alegando abusos de Moro,
e a decisão do Supremo poderá decidir o futuro da Operação Lava Jato.
Isso porque o que se discutirá entre os ministros do
Supremo é a validade das prisões por tempo indeterminado ordenadas por Moro, no
Paraná. Até o momento, apenas o relator dos processos na última instância,
Edson Fachin, votou pela manutenção da prisão de Dirceu. A jornalista Vera Magalhães (Estadão) apurou,
junto a alguns ministros, em off, que a tendência é de vitória de Dirceu no
STF.
No mesmo dia em que o ex-ministro deve ter seu recurso
julgado pelo STF, os procuradores do Paraná ofereceram mais uma denúncia contra
Dirceu, desta vez, acusado de receber propina das empreiteiras Engevix e UTC,
entre 2011 e 2014, no valor de R$ 2,4 milhões.
O advogado de Dirceu denunciou que a acusação é
requentada, pois as informações foram usadas no primeiro pedido de prisão
preventiva contra o ex-ministro.
Sobre a possibilidade aventada de influência dessa nova
denúncia no julgamento pela Suprema Corte, o ministro Gilmar Mendes declarou
que não haverá nenhum impacto: "Como se a gente... É o rabo abanando o
cachorro. Se eles imaginam que vão constranger o Supremo, o Supremo deixava de
ser Supremo", disse Gilmar.
Em off, ministros disseram à Jornalista Vera Magalhães
que a investida da Lava Jato para intimidar o Supremo perante a opinião pública
"não muda nada, mas irrita".
Na semana passada, o Supremo mandou soltar o pecuarista
José Carlos Bumlai e o ex-tesoureiro do PP João Carlos Genu. Na decisão, a
maioria da 2ª Turma ainda destacou a banalização das prisões preventivas na
Lava Jato.
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