Prefeito
Mauro Candemil tem poder de veto
A Câmara de Vereadores de Laguna em plena crise
econômica aprova mudança na Lei complementar 329/2015 que simplesmente aumenta
em quase 50% o número de cargos comissionados na Prefeitura de Laguna.
O Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Laguna
entra com mandato de segurança contra a medida.
O Prefeito Mauro Candemil tem poder de veto.
Conheça o caso com mais detalhes na matéria do Jornal
Diário do Sul a seguir:
Cargos
comissionados: anulação de lei é solicitada
Por Diário do Sul
O Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Laguna
entrou com um pedido de mandado de segurança para anular a Lei Complementar
2/2017, que faz alterações nos dispositivos da Lei Complementar 329/2015. De
acordo com Azomar Miranda, presidente da entidade, a lei vai aumentar em quase
50% o número de cargos comissionados na prefeitura de Laguna.
“Essa lei reduz de 20% para 10% o número de servidores
que podem ocupar cargos comissionados, abrindo aí mais espaço para os nomeados
e aumentando esses cargos em quase 50%. Em uma época de crise, em que a própria
prefeitura anuncia aos quatro ventos que economia é a ordem do momento, como
explicar uma lei dessas?”, questiona.
Para Azomar, a principal preocupação é com a manutenção
dos pagamentos da folha da prefeitura. “Agora estamos até com uma arrecadação
razoável, em função do verão e do IPTU. Quando acabar a temporada e a
arrecadação cair, nosso medo é que aconteça o mesmo que na gestão passada e os
salários dos servidores comecem a atrasar. Além disso, é um prejuízo para a
cidade”, comenta, complementando que hoje a prefeitura tem cerca de 800
efetivos, o que, em sua avaliação, somando os comissionados e temporários, é
suficiente para o órgão ter pleno funcionamento.
A lei complementar, que partiu da Câmara de Vereadores,
é tão polêmica que até mesmo um de seus autores, o vereador Osmar Vieira, no
momento da primeira votação deu voto contrário. A redação do DS fez contato com
a assessoria do vereador, mas não conseguiu falar com ele.
Na primeira votação, a lei foi aprovada. “É uma lei
irregular, pois ela não pode partir do Legislativo, como partiu. Ela vai agora
para segunda votação e depois para sanção do prefeito Mauro Candemil, e nós
aguardamos a posição da Justiça. Caso chegue para sanção, estamos pedindo que o
prefeito seja coerente com o que fala sobre redução de gastos e vete a lei”,
afirma Azomar.
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