Por Renato Rovai, em seu blog:
Em 2001, após três anos da morte do seu filho Luiz
Eduardo, o então presidente do Senado, Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA),
comprou uma briga com Jader Barbalho, que queria sucedê-lo na presidência da
Casa, e ambos acabaram tendo que renunciar aos seus mandatos tamanha a
beligerância da quizumba.
Mas a luta campal acabou fazendo estragos na
vizinhança. Na ocasião, ACM divulgou uma fita cujo título era: “Geddel Vai às
Compras”. E a distribuiu tanto à imprensa quanto para deputados e senadores.
Na fita, ACM acusa o então líder do PMDB na Câmara dos
Deputados de enriquecimento ilícito, juntamente com alguns de seus familiares.
ACM afirmava que a família de Geddel havia comprado 12
fazendas na Bahia e seis apartamentos em Brasília sem ter recursos para tais
operações. E chegou a dizer que o único pecado de seu filho, o falecido Luis
Eduardo Magalhães, foi ter salvado Geddel, quando este “havia sido fisgado”
pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou desvio de verbas
públicas no orçamento da União.
ACM falava do escândalo que ficou conhecido como a CPI
dos Anões do Orçamento, em que parlamentares foram acusados de manipular
emendas com a participação de empreiteiras no desvio de verbas. Muitos deles
acabavam lavando a grana em apostas na Loteria Esportiva.
Na ocasião, segundo ACM, por influência de Luis
Eduardo, Geddel escapou.
Geddel ainda é um dos nomes que estaria citado na
Operação Lava Jato por atuar em favor da OAS dentro da Caixa Econômica Federal
e também na Secretaria de Aviação Civil, além da Prefeitura de Salvador, que é
governada, vejam como o mundo da voltas, pelo seu neo-aliado, ACM Neto.
Temer, muito provavelmente, não sabe de nada disso. Por
isso que não levou em conta a declaração do ex-ministro da Cultura, Marcelo
Callero, sobre o crime que seu ministro chefe da Secretaria de Governo teria
cometido, o de tráfico de influência para benefício próprio.
Mas Temer podia ao menos perguntar a Geddel como ele
comprou seu apartamento no prédio que estaria sendo construído de forma
irregular. É uma pergunta boba, mas pelo que dizia ACM e pelo que sugeriu o
ex-ministro Juca Ferreira, faria todo sentido.
Fonte: Blog do Altamiro Borges
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