quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Napoleão veste toga

O projeto de restauração neoliberal que entrega o espaço brasileiro à gestão dos mercados sem lei já tem seu CEO: Gilmar Mendes

Está aberta a vaga à Presidência da República.

Em seu exercício de entorpecer o discernimento nacional, o oligopólio midiático criminaliza a esquerda, incensa este ou aquele nome e cria a ficção de uma democracia possível, sem direitos sociais e soberania popular.

O que está em jogo?

Por trás do jogo de cena de uma democracia violada e agredida, cuida-se do essencial.

Por essencial entenda-se a entrega do pré-sal e das riquezas nacionais (água, minério, terras); a abertura, sem travas, à especulação financeira; o desmonte das políticas e referências geopolíticas que qualificariam um Estado democrático, popular e soberano, capaz de fazer a diferença no mundo.

A ausência de um plano de desenvolvimento para a oitava maior economia do mundo não é uma falha do golpe oficializado em 31 de agosto último.
 É o seu projeto.

O projeto de restauração neoliberal que entrega o espaço brasileiro à gestão dos mercados sem lei.

O Chief Executive Officer (CEO) dessa empreitada não precisa ---na verdade não pode—ser ungido pelo voto popular.

Suas afinidades e lealdade são com o núcleo duro da cobiça e da ganância econômico que impulsionaram e bancaram o golpe.

A consolidação de uma Presidência no vale tudo da luta fraticida de diretório, dissociada da mediação original da urna, não é, porém, um passeio.

O ‘Bonaparte’ nascido desse Termidor precisará bater forças com a Lava Jato e barganhar com os demais golpistas.

Sem esquecer, claro, a prioridade zero: alimentar a escalada da repressão à esquerda em várias frentes.

Em tempo: a revista Caros Amigos trouxe em sua edição de outubro um excelente perfil do ministro Gilmar Mendes mostrando suas origens e algumas importantes decisões do ministro ao longo de sua trajetória. Clique aqui

Leia matéria completa  Carta Maior - O Portal de Esquerda

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