Movimento Brasil Agora
Espetáculo grotesco no CDES de um Maquiavel
de botequim
por J. Carlos de Assis
O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social
montado pelo Governo já era ruim nas épocas de Lula e Dilma. Agora tornou-se
uma caricatura ridícula de si mesmo. A reunião de ontem parecia um espetáculo
de circo mambembe. A sociedade brasileira teve que ouvir, sob aplausos, um
boçal estimular Temer a aproveitar sua falta de popularidade para fazer todo o
mal possível imediatamente, “sem medo de perder popularidade”. Nunca se pode
esperar muito do Governo Temer. Mas esse besteirol, realmente, é demais!
O Maquiavel de botequim de terceira, com um discurso
inflamado, fez jus à maioria dos presentes, quase todos empresários ou
profissionais de propaganda e marketing. São os oportunistas de sempre que
cercam toda oportunidade de bajular o poder para tirar dele algum proveito
pessoal. Temer, o ilegítimo, fez um discurso à altura. Além de defendera PEC da
Morte, anunciou a aceleração da iniciativa para reformar a Previdência ainda
este ano, obedecendo talvez à própria determinação de fazer o mal logo.
Ele devia se dar conta que o Maquiavel verdadeiro, que
recomendava ao príncipe fazer o bem aos poucos e o mal de uma vez, referia-se a
um monarca absoluto que tinha o poder por herança ou pela espada. Não é bem o
caso de Temer, que tem o poder pela via de um golpe antipopular de cujas
consequências só agora a sociedade brasileira está tomando conhecimento real.
Se mantiver o curso que vem mantendo até aqui, é ele quem vai ser varrido do
poder de uma vez por todas, no rastro da corrupção agora exibida por seu amigo
e serviçal Gedel Vieira.
O boçal que falou no CDES, junto com outros 13
bajuladores, talvez não se deu conta de que estamos caminhando celeremente para
uma guerra civil na medida da radicalização de direita assumida pelo atual
Governo.
De fato, Temer está tirando dos progressistas qualquer espaço de
manobra democrática no plano real. A democracia formal não suporta isso por
muito tempo.
Na medida do aprofundamento do conflito, este governante de araque
acabará expulso do Planalto a pontapés, como aconteceu com cinco presidentes
argentinos depois de Menem, todos apoiados do poder em nada menos que dez dias,
e todos iludidos pela ânsia de governar sem povo.
Fonte Luis Nassif
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