Dia
histórico marca a entrega da tecnologia e
exploração do Pré-sal
Em sessão
tumultuada, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou hoje (5) o projeto de
lei que retira a obrigatoriedade da participação da Petrobras na exploração do
petróleo do pré-sal. Sob protestos de um pequeno grupo de manifestantes
petroleiros, os deputados aprovaram o texto principal e deixaram para a próxima
sessão a votação dos destaques que visam modificar o projeto.
Atualmente,
a lei que institui o regime de partilha do pré-sal estabelece que a exploração
deverá, necessariamente, contar com pelo menos 30% de participação da
Petrobras. Com o argumento de que a empresa não tem mais condições de arcar com
essa obrigatoriedade, o projeto põe fim e essa obrigação, tornando facultativa
à empresa a decisão de participar dos consórcios de exploração desses campos.
Além disso,
o texto também retira a obrigatoriedade de que a companhia estatal seja a operadora
dos campos. O atual marco regulatório do pré-sal determina que a Petrobras
deverá atuar como operadora, o que significa ser responsável diretamente por
todas as partes da exploração, da prospecção dos campos à venda do óleo.
O texto foi aprovado por 292 votos a favor, 101 contrários e uma abstenção. O projeto de lei é originário do Senado, de autoria do senador licenciado José Serra (PSDB-SP), e deve seguir para sanção do presidente Michel Temer se não receber emendas que modifiquem o mérito da matéria na próxima votação.
O texto foi aprovado por 292 votos a favor, 101 contrários e uma abstenção. O projeto de lei é originário do Senado, de autoria do senador licenciado José Serra (PSDB-SP), e deve seguir para sanção do presidente Michel Temer se não receber emendas que modifiquem o mérito da matéria na próxima votação.
Oposição versus governistas
Os partidos
de oposição se posicionaram radicalmente contra o projeto e conseguiram
obstruir a votação por três dias, desde a noite da última segunda-feira (3).
Deputados do PT, PCdoB, PDT, PSOL e Rede usaram o que chamaram de “kit
obstrução”, com a apresentação de inúmeros requerimentos de retirada de pauta e
adiamento de votação.
Os
oposicionistas alegam que a aprovação do projeto trará enormes prejuízos à
Petrobras e à União. Apenas no campo de Libra, segundo os parlamentares
contrários à mudança, a perda chegaria a R$ 246 bilhões se a petroleira estatal
não for a operadora.
Como parte
do royalties do petróleo é destinada, por lei, à formação do Fundo Social que
atende a saúde e educação públicas, os deputados da minoria alegam que esses
dois setores perderiam R$ 50 bilhões.
Governistas
rebateram as críticas em plenário e acusaram os governos petistas de terem
quebrado a Petrobras e inviabilizado a atuação da empresa na exploração do
pré-sal. Com isso, alegam, o prejuízo maior seria deixar que os campos
permanecerem sem serem explorados.
Fonte Agência
Brasil
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