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JR
Já aguardam
julgamento em liberdade as seis pessoas da mesma família que foram presas
acusadas de participar de um esquema de fraudes de licitações durante a
operação Blackout. Entre elas estão o vereador de Pescaria Brava Arthur da Rosa
Santos, do PMDB, e seu pai, Antônio dos Santos. O inquérito foi concluído e
indiciou os seis acusados.
Segundo o
delegado da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), Walter
Watanabe, responsável pelo caso, o inquérito comprovou a participação deles no
esquema de fraudes em licitações, uso de documento falso, peculato e associação
criminosa envolvendo empregados públicos da Celesc e particulares (sócios de
empresas). O documento foi entregue ao Ministério Público.
Todos os
envolvidos estavam presos desde o dia 8 de julho em Florianópolis, data em que
a operação foi deflagrada nas cidades de Laguna e Pescaria Brava. A
investigação que levou até os acusados foi realizada pela Divisão de Crimes
contra o Patrimônio Público (DCCPP).
A fraude
consistia na utilização de documentos falsos para forjar a participação de
outras empresas não participantes em processos de licitação. Ao fim do
procedimento, era contratada empresa de um dos investigados.
As
investigações também apontaram que outras empresas que faziam parte do mesmo
grupo familiar dos investigados teriam recebido indevidamente mais de R$ 645
mil. Elas teriam vencido licitações na Celesc, mas não prestaram os serviços
contratados.
O crime veio
à tona após realização de uma auditoria interna da Celesc que apontou um
possível desvio de R$ 5,9 milhões em 2010. Estes recursos deveriam ser
utilizados para obras emergenciais no Estado, após a ocorrência de desastres
naturais, registrados naquela época.
Para aplicar
o golpe, os acusados aproveitavam que a Lei de Licitações dispensava a
concorrência em obras e serviços necessários em casos de situação de emergência
ou calamidade pública decretada.
Arthur
atualmente ocupa a cadeira de segundo-secretário na Câmara de Pescaria Brava.
Já seu pai, Antônio, é irmão do prefeito de Laguna, Everaldo dos Santos, e
ocupou secretaria na prefeitura da Cidade Juliana.
A reportagem
do DS conversou com o advogado Leandro Schiefler Bento, que defende Arthur e
Antônio. Por telefone, ele se limitou a dizer que seus clientes aguardam a
denúncia ser formalizada à Justiça e que vão provar a inocência.
fonte notisul
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