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Pesquisa
realizada pelo instituto Ipsos nos primeiros 12 dias de julho, em todo o país,
mostra um resultado bastante diferente do cenário criado pela Folha de S. Paulo
na semana passada, quando o Instituto Datafolha perguntou se era melhor Michel
Temer ficar até 2018 ou Dilma Rousseff voltar e concluir o mandato.
Naquele
caso, 50% responderam que queriam Temer, e 3% se atreveram a rejeitar as duas
opções e escolheram novas eleições. Outros 32% assinalaram Dilma e 4%, nenhuma
das opções. Na pesquisa Ipsos, a pergunta foi: você prefere que Temer continue,
Dilma volte ou novas eleições? Aqui, 52% dos entrevistados responderam que
apoiam uma nova eleição.
Para chegar
a esse número, o Ipsos fez a seguinte pergunta: o que é melhor para o Brasil,
que “o presidente interino Michel Temer fique no cargo até o final do mandato”,
“que a presidente afastada Dilma Rousseff volte e cumpra o mandato”, “que Temer
convoque novas eleições” ou que “Dilma volte e convoque novas eleições para
outubro deste ano”. Os 52% são a soma dos que optaram pelas duas últimas
alternativas.
Nesse
cenário, outro dado revelado por Ipsos é que o “Volta Dilma” tem mais apelo
popular do que o “Fica Temer”. No primeiro caso, 20% disseram que preferem o
retorno da presidente reeleita em 2014, afastada do cargo no início de maio,
após o Senado acolher o processo de impeachment. O “Fica Temer” teve apoio de
16%.
No
Datafolha, quando confrontados sobre a possibilidade de Dilma e Temer
renunciarem e convocarem novas eleições ainda neste ano, 62% disseram que
concordavam com a ideia, e outros 30% não. Nessa parcela estão inseridos
aqueles que preferem que Dilma volte e conclua o mandato.
A economista e
colunista da Folha Laura Carvalho fez as contas e estimou que o “Fora Temer”
teve apoio de quase 74% dos entrevistados.
Cai o apoio ao impeachment
Desde março
de 2015, quando houve um grande protesto pelo impeachment de Dilma Rousseff, o
instituto Ipsos afere o apoio da população ao afastamento da presidente.
Naquele mês, 48% concordaram com a medida. Nas oito pesquisas seguinte, a taxa
sempre foi superior a 50%. Em março de 2016, quando o impeachment estava em
vias de ser votado pela Câmara, o apoio bateu 61%. Agora, 48% apoiam. Aqueles
que não concordam com o impeachment passaram de 24% para 34%.
O GGN
mostrou, na semana passada, que o Datafolha também sondou o apoio popular ao
impeachment de Dilma. Mas nunca citou o verdadeiro motivo do processo chegar ao
Congresso – as pedaladas e decretos enquadrados como crime de responsabilidade
fiscal. O que o Datafolha usou contra Dilma foi os casos de corrupção revelados
pela Lava Jato.
Taxas de aprovação
Ainda de
acordo com a pesquisa Ipsos, a gestão Temer é desaprovada (ruim ou péssima) por
48%, ante 7% de ótimo e bom e 29% que acham que é regular. O próprio Temer tem
68% de rejeição e 19% de aprovação. Dilma hoje é desaprovada por 71% e aprovada
por 25%. Outros 89% acham que o Brasil está no rumo errado ante 11% que pensa o
contrário.
A pesquisa
Ipsos é feita mensalmente pela empresa francesa, como parte da série Pulso
Brasil, e foi publicada pelo jornal Valor Econômico nesta terça (26). Foram
ouvidas 1,2 mil pessoas. A margem de erro é de três pontos para mais ou para
menos.
Do GGN, com Valor Econômico
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