Foto: Sindicato dos Bancários de São Paulo
Seminário debateu a
conjuntura e Sindicato dos Bancários de São Paulo lançou a cartilha Entender e
Defender a Previdência Social.
A previdência
social é uma das instituições de proteção social ameaçadas pelo projeto
político neoliberal de Michel Temer. Para se contrapor a argumentos falsos, que
tentam vender a ideia de que a previdência é deficitária, e para alertar a
população contra os riscos que ameaçam a aposentadoria de milhares de
trabalhadores, o Sindicato dos Bancários de São Paulo lançou, na sexta-feira
(15), a cartilha Entender e Defender a Previdência Social.
A
publicação, elaborada em parceria com os economistas João Sicsú e Eduardo
Fagnani, professores da Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp), respectivamente, foi lançada no encerramento do
seminário “Conjuntura e Previdência Social”, promovido pelo Sindicato dos
Bancários.
“A
previdência tem sido uma das principais responsáveis por distribuição de renda
e inclusão social. Portanto, não pode ser vista como um custo e sim como um
investimento para promover justiça social e igualdade. E a nós, que temos
compromisso com justiça social e igualdade, cabe fazer o debate e organizar a
luta contra os ataques aos nossos direitos. A cartilha é mais um instrumento da
disputa que estamos fazendo nesse momento”, acrescentou Juvandia.
Aposentadoria
40% menor – A cartilha explica, uma a
uma, as ameaças à aposentadoria dos brasileiros na reforma proposta pelo
governo Temer. Uma delas é o fim da regra que estabelece o que a previdência social
não pode pagar benefícios com valores inferiores ao salário mínimo. Se essa
proposta de Temer vigorasse há dez anos, os valores dos rendimentos teriam
caído 40%. Segundo previsão dos economistas, sem a vinculação com o salário
mínimo, o valor médio dos vencimentos pagos aos aposentados e pensionistas
cairia dos atuais R$ 1.608 para R$ 1.013.
Outro item é
a exigência – para homens e mulheres, trabalhadores rurais e do campo – de
idade mínima de 65 anos e 35 anos de contribuição. “Não será fácil encontrar
precedentes no mundo de regras tão restritivas combinando idade e tempo de
contribuição. Se passarem a vigorar, seremos campeões mundiais em exigências
para aposentadoria”, diz texto da cartilha.
A proposta
ainda coloca no mesmo balaio homens e mulheres, brasileiros do campo e da
cidade, quando dados mostram que elas e os trabalhadores rurais enfrentam
condições muito desfavoráveis no mercado de trabalho. As mulheres, por conta da
dupla jornada que ainda persiste em nossa sociedade patriarcal, acumulando as
horas no emprego com as que dedicam às tarefas domésticas. E os do campo pela
conhecida precariedade no meio rural, que concentra 70% da pobreza extrema no
país. Para os camponeses, o governo interino ainda divulgou a intenção de
transformar a previdência rural em benefício assistencial, com a intenção de
fixar o valor desse benefício bem abaixo do salário mínimo.
Não há deficit – A
cartilha explica que a previdência faz parte do Sistema de Seguridade Social, formado
ainda pelas áreas de Assistência Social e Saúde.
No Brasil, o financiamento da previdência segue o modelo tripartite
utilizado pela maioria dos países no mundo, com contribuições de trabalhadores,
empresários e do governo. Além de reforçar esse modelo, a Constituição de 1988
instituiu novas fontes de financiamento por parte do Estado: a Contribuição
Social para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e a Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido das Empresas (CSLL). Quando se contabiliza o total
de contribuição por parte do Estado, nota-se que a previdência é superavitária
desde 2007.
O problema é que, desde 1989, os sucessivos governos contabilizam apenas as contribuições dos trabalhadores e dos empresários, e é desse cálculo inconstitucional que vem o tal “rombo” insistentemente noticiado pela imprensa tradicional. “O ‘deficit’ da previdência é a parcela do governo que não é contabilizada”, explica a cartilha.
Propostas
A cartilha também enumera algumas propostas para melhorar a previdência e enfrentar problemas orçamentários. Antes de mais nada, é necessário crescimento econômico, e para isso o Estado precisa investir, e não reduzir seu tamanho, como prega o governo interino e sua política neoliberal. Aponta ainda a necessidade de reduzir a taxa de juro Selic; rever a política de isenções fiscais para setores econômicos e famílias de alta renda, que retira R$ 280 bi todos os anos dos cofres públicos; combater a sonegação de impostos que atinge 13,4% do PIB nacional, entre outros pontos.
Acesse a cartilha clicando aqui
O problema é que, desde 1989, os sucessivos governos contabilizam apenas as contribuições dos trabalhadores e dos empresários, e é desse cálculo inconstitucional que vem o tal “rombo” insistentemente noticiado pela imprensa tradicional. “O ‘deficit’ da previdência é a parcela do governo que não é contabilizada”, explica a cartilha.
Propostas
A cartilha também enumera algumas propostas para melhorar a previdência e enfrentar problemas orçamentários. Antes de mais nada, é necessário crescimento econômico, e para isso o Estado precisa investir, e não reduzir seu tamanho, como prega o governo interino e sua política neoliberal. Aponta ainda a necessidade de reduzir a taxa de juro Selic; rever a política de isenções fiscais para setores econômicos e famílias de alta renda, que retira R$ 280 bi todos os anos dos cofres públicos; combater a sonegação de impostos que atinge 13,4% do PIB nacional, entre outros pontos.
Acesse a cartilha clicando aqui
Fonte:
Sindicato dos Bancários de São Paulo
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