foto Sinte
Num primeiro
momento houve reação dos dirigentes. O governo não deu explicações mais
detalhes, este ano não haverá qualquer reposição salarial e a descompactação se
dará em duas etapas. A primeira, entre 2016 e 2018, e a segunda no próximo
governo.
A gratificação por regência de classe vai mesmo ser incorporada nos salários dos professores. Os professores de nível médio e com licenciatura foram incorporados na nova tabela. Da mesma forma, os ACTs, que estavam fora, entram no inicial da carreira. (Moacir Pereira)
A gratificação por regência de classe vai mesmo ser incorporada nos salários dos professores. Os professores de nível médio e com licenciatura foram incorporados na nova tabela. Da mesma forma, os ACTs, que estavam fora, entram no inicial da carreira. (Moacir Pereira)
Confira nota do Sinte
O Governo tomou postura autoritária e
afirmou que em seu entendimento assembleias regionais, estadual e demais atos
de mobilização não serão anistiadas/abonados, pois se trata de atividades
sindicais, e que apenas as faltas de greve e ações nacionais (ex:greve nacional
CNTE) de 2012 a 2015 serão consideradas.
O SINTE rebateu afirmação baseado na
clausula 6ª, inciso 2º do acordo de greve que prevê “paralisações” como faltas
justificadas, ou seja, de movimentos reivindicatórios da categoria e que já
estavam acordadas na mesa. O Sindicato reafirmou a falta de respeito as decisões
já negociadas, pois mais uma vez o Governo se utiliza de interpretações
unilaterais, trazendo cartas na manga para prejudicar os trabalhadores em
educação e exigiu a reabertura desta pauta. O Sindicato lembrou ainda que
em todos os Governos anteriores sempre houve negociação acerca de qualquer tipo
de faltas relativas as lutas da categoria.
É lamentável a interpretação altamente
restritiva dada pelo Governo a partir de hoje, já que para o SINTE esta pauta
já estava consumada.
Após amplo debate, o representante
Governo abriu a possibilidade da rediscussão do tema em outra reunião.
Proposta do Plano de Carreira
A representação do Governo, limitou-se a
entregar a proposta, surpreendendo o SINTE que solicitou pelo menos uma
apresentação formal da mesma para que o debate pudesse ser iniciado, conforme
as dinâmicas anteriores das mesas. O Coordenador de Negociação do Estado Décio
Vargas disse que não faria uma apresentação formal do plano, com explanações ou
explicações a possíveis dúvidas ou desacordos do Sindicato com a proposta, e
que a reunião era apenas para a entrega do mesmo. Neste momento, o Governo
apenas leu o objetivo, as condições necessárias para a implementação do novo
plano de carreira e os atributos do plano, se negando a entrar em detalhes.
O Governo justificou que pela
complexidade e profundidade da proposta, o SINTE deveria fazer um estudo da
mesma, para que num prazo máximo de 15 dias o debate seja retomado. Entretanto,
esta atitude foi altamente questionada e repudiada pelo SINTE, pois a proposta
não está em consonância com as discussões nas mesas de negociações.
A proposta que foi apresentada modificou
vários itens que haviam sido debatidos anteriormente, tais como: dispersão,
descompactação, índices de progressão (no meio da carreira há diminuição do
percentual, há achatamento em todos os níveis), não há índice real e não há
percentual fixo. Por exemplo, na proposta do governo os valores de dispersão do
nível 3a até o nível 3i deveria ser de 50%, no entanto consta no plano que este
percentual é de apenas 35%.
O Governo se comprometeu a não enviar o
projeto de Lei para a Assembleia Legislativa antes da conversa com o Sindicato.
O Sinte/SC tem muitas dúvidas e
necessita de vários esclarecimentos sobre a proposta apresentada pelo governo,
tais como: qual o valor das aulas excedentes; os critérios e requisitos para as
progressões horizontais e verticais; o percentual de diferença entre os níveis
de licenciatura plena e doutorado. fonte sinte
I. Objetivo
II. Condições necessárias para a
implementação do novo Plano de Carreira
III. Atributos do novo Plano de
Carreira
IV. Plano de implementação – Etapa
1
V. Enquadramento funcional
GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
Novo Plano de Carreira do Magistério Público Estadual de Santa
Catarina
I. Objetivo
O novo Plano de Carreira do Magistério Público Estadual de Santa
Catarina tem por objetivo primário a descompactação da tabela salarial, visando
a restaurar o equilíbrio remuneratório da carreira, considerando aspectos como
nível de formação e tempo de serviço.
II. Condições necessárias para a
implementação do novo Plano de Carreira
O novo Plano de Carreira tem como premissas:
a) a
incorporação das gratificações de regência de classe e de atividade
especializada de magistério, no percentual de 25% (vinte e cinco por cento);
b) a adequação
do valor pago a título de aulas
excedentes;
c) a redução do
comprometimento do FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) com folha de pagamento,
por meio do aumento da eficiência do sistema.
III. Atributos do novo Plano de
Carreira
Os principais atributos do novo Plano de Carreira são:
a) a manutenção
do nível médio e licenciatura curta na carreira;
b) a manutenção
da vinculação do professor admitido em caráter temporário (ACT) à tabela
salarial do professor efetivo;
c) a amplitude
horizontal (diferença entre o maior e menor vencimento) do nível de graduação
em 50% (cinquenta por cento);
d) a amplitude
vertical (diferença entre o maior e menor vencimento) entre os níveis de
graduação e médio em 50% (cinquenta por cento) para o professor efetivo
estável;
e) a ampliação
das possibilidades de avanço na carreira com a criação de duas novas
referências horizontais, passando de 7 (sete) para 9 (nove);
f) a
instituição de gratificação de complemento de hora-atividade para o professor
de anos iniciais e classe especial.
1
GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
IV. Plano de implementação – Etapa
1
O novo Plano de Carreira será implementado gradual e parcialmente,
nos exercícios de 2016 a 2018, conforme Tabela de Vencimento constantes dos
Anexos I e II, obedecendo o seguinte cronograma:
Exercício
|
1ª parcela
|
2ª parcela
|
2016
|
Maio
|
-
|
2017
|
Maio
|
Novembro
|
2018
|
Maio
|
Novembro
|
Para o exercício de 2018, o plano de implementação estabelece
valores variáveis para os níveis II a VI, na forma do Anexo II, vinculados ao
índice de comprometimento do FUNDEB com a folha de pagamento observado no
exercício de 2017, conforme segue:
iFundeb
|
Anexo II
|
>=0,90
|
Cenário 1
|
< 0,90 e >= 0,89
|
Cenário 2
|
< 0,89 e >= 0,88
|
Cenário 3
|
< 0,88 e >= 0,87
|
Cenário 4
|
< 0,87 e >= 0,86
|
Cenário 5
|
<0,86
|
Cenário 6
|
Onde:
iFundeb = índice de
comprometimento do FUNDEB com a folha de pagamento paga pelo Fundo, apurado de
acordo com os dados registrados no Sistema de Gestão Financeira do Estado de
Santa Catarina (SIGEF) para o exercício de 2017.
Sobre os valores de vencimento constantes dos Anexos I e II
incidem o adicional por tempo de serviço e demais gratificações, além do
vale-alimentação.
V. Enquadramento funcional
O enquadramento funcional será realizado na forma do Anexo III
deste documento.
Florianópolis,
10 de setembro de 2015.
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