Atendimentos estão suspensos
Médicos do setor de emergência do Hospital de Laguna
suspenderam o atendimento
Médicos do setor de emergência do Hospital Senhor Bom
Jesus dos Passos, em Laguna, no
Sul catarinense, começaram uma paralisação nesta segunda-feira (17). Estão
mantidos apenas os atendimentos de urgência. Os demais pacientes com consultas
agendadas e problemas menos graves estão sendo orientados a procurar
postos de saúde.
Os profissionais reivindicam aumento do repasse da prefeitura para ampliar a carga horária, de modo a ter dois médicos por turno, em vez de apenas um. “Em um plantão, um médico sozinho chega a atender 50, 60 pacientes. A gente não quer aumento salarial, apenas sensibilizar para essa questão”, diz o representante dos médicos da emergência, Roger Costa da Silva.
De acordo com Costa, o outro pedido é para que a prefeitura não atrase mais “sistematicamente” o repasse mensal de R$ 75 mil ao hospital, o que impacta o pagamento dos médicos – atualmente, dois estão com salários atrasados, segundo o Silva.
Os profissionais reivindicam aumento do repasse da prefeitura para ampliar a carga horária, de modo a ter dois médicos por turno, em vez de apenas um. “Em um plantão, um médico sozinho chega a atender 50, 60 pacientes. A gente não quer aumento salarial, apenas sensibilizar para essa questão”, diz o representante dos médicos da emergência, Roger Costa da Silva.
De acordo com Costa, o outro pedido é para que a prefeitura não atrase mais “sistematicamente” o repasse mensal de R$ 75 mil ao hospital, o que impacta o pagamento dos médicos – atualmente, dois estão com salários atrasados, segundo o Silva.
“Com R$ 130 mil, conseguiríamos aumentar a carga horária
e ter sempre dois médicos”, diz Costa. Segundo o médico, o trabalho na
emergência só volta ao normal quando houver acordo.
Reunião com a prefeitura
Na manhã desta segunda, a prefeitura, a direção do hospital e médicos se reuniram para debater a questão. De acordo com a presidente do hospital, Regina Ramos dos Santos, a prefeitura se comprometeu a fazer, ainda nesta segunda, o repasse de um dos dois meses de atraso.
Na manhã desta segunda, a prefeitura, a direção do hospital e médicos se reuniram para debater a questão. De acordo com a presidente do hospital, Regina Ramos dos Santos, a prefeitura se comprometeu a fazer, ainda nesta segunda, o repasse de um dos dois meses de atraso.
"A outra parcela ficou para o período entre os dias
5 e 10 de setembro. Também estudarão uma forma de repasse de R$ 48 mil
referentes à operação do último verão", disse Regina.
Em relação ao segundo médico por turno, a presidente
afirmou que a prefeitura ficou de estudar a questão e de enviar um
posicionamento. Uma das saídas pode ser reforçar a cobrança sobre o município
de Pescaria Brava, que tem uma demanda de cerca de 12% do atendimento do
hospital, segundo Regina.
"São feitos cerca de 300 atendimentos mensais a
pessoas desse município, que não contribui com nenhum valor e onera o
sistema", explica presidente do hospital.
De acordo com a Prefeitura de Pescaria Brava houve uma
conversa há alguns meses atrás entre o hospital e o poder executivo municipal para
que este contribuísse com a unidade de saúde. O convênio está na Procuradoria
do município para ser finalizado.
Com relação à paralisação, a Prefeitura de Pescaria Brava
disse que não foi chamada para nenhuma reunião sobre o assunto.
'Crise violenta'
Ao G1, o prefeito de Laguna, Everaldo dos Santos, disse por telefone achar muito difícil aumentar o repasse. “O governo federal reduziu o fundo de participação dos municípios, e a Secretaria de Estado da Saúde não repassa recursos há cinco meses ao município. Falta o governo estadual pagar R$ 200 mil para o município e R$ 600 mil ao hospital”, afirmou o prefeito.
Ao G1, o prefeito de Laguna, Everaldo dos Santos, disse por telefone achar muito difícil aumentar o repasse. “O governo federal reduziu o fundo de participação dos municípios, e a Secretaria de Estado da Saúde não repassa recursos há cinco meses ao município. Falta o governo estadual pagar R$ 200 mil para o município e R$ 600 mil ao hospital”, afirmou o prefeito.
“Estamos buscando um entendimento, mas o país está numa
crise violenta. Vamos procurar repassar as parcelas em atraso, mas não tem
condições de dobrar o valor. O médico que faz um juramento tem o compromisso de
atender o paciente”, disse o prefeito.
"Tem médico que acha que município está num mar de dinheiro. Quero ajudar, mas não podemos fazer milagre", complementou Santos. A reportagem do G1 entrou em contato com a Secretaria de Estado da Saúde e aguardava retorno até a publicação desta reportagem.
Crédito G1
"Tem médico que acha que município está num mar de dinheiro. Quero ajudar, mas não podemos fazer milagre", complementou Santos. A reportagem do G1 entrou em contato com a Secretaria de Estado da Saúde e aguardava retorno até a publicação desta reportagem.
Crédito G1
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