Neurônios:
a técnica funcionou em testes feitos com ratos e humanos
São Paulo - Duas equipes de pesquisadores chineses
conseguiram transformar células comuns de pele humana em células do cérebro, os
neurônios.
As pesquisas podem revolucionar os tratamentos para o mal de
Alzheimer, rejuvenescendo o tecido dos cérebros dos pacientes a partir de
enxertos.
Os dois grupos usaram estratégias diferentes para converter
células da pele em neurônios: uma equipe usou células da pele de ratos,
enquanto o outro time usou a pele de humanos.
Os resultados dos estudos foram publicados em dois artigos,
nesta quinta-feira (6), na revista científica Cell Stem Cell.
A equipe que trabalhou com células humanas retirou as
amostras da pele de pacientes com Alzheimer, já que um dos objetivos da
pesquisa era produzir neurônios que substituíssem as células danificadas nos
cérebros das pessoas com demência.
A idéia é que, no futuro, quando um paciente manifestar os
primeiros sintomas do mal de Alzheimer, os médicos possam usar essa técnica
para retirar um pequeno pedaço da pele e gerar tecido cerebral saudável a
partir dela.
Como os neurônios seriam construídos a partir do próprio
corpo do paciente, não haveria risco de rejeição do organismo.
A técnica funcionou em testes feitos com ratos e humanos.
Mas ainda deve demorar algum tempo até que ela seja usada como tratamento
clínico para o Alzheimer. Ainda sim, os resultados são considerados animadores
pelos cientistas.
Segundo o biólogo celular Hongkui Deg, professor da
universidade de Pequim e um dos autores do estudo com ratos, o tratamento é
barato e poderia ser feito com qualquer pessoa.
"[O tratamento] supera os desafios técnicos e as
preocupações com segurança ligadas às manipulações genéticas, o que pode ser
promissor em suas aplicações futuras", diz Deg.
Gabriel Garcia, Exame - de INFO Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário