sábado, 20 de outubro de 2012

Saúde Sexual: Mapa dos prazeres

“Quem se toca se descobre, seja o corpo, o coração, os valores...” diz Empresária Leonita Fernandes,

"Descobri minha sexualidade no início da adolescência. Ela não foi compartilhada em conversas com amigas. Era bem incomum esse tipo de papo no início da década de 1980 entre as meninas, ao menos era o que me parecia. Falávamos de namorados, mas não de sexo com namorados. Com minha mãe então, nem pensar. Conversa séria com ela era determinar se eu iria à missa de sábado ou a de domingo. 

Clique aqui e confira o mapa dos prazeres que levam uma mulher ao orgasmo:

Descobri-me de forma muito natural, percebendo meu corpo através do toque. Quem se toca se descobre, seja o corpo, o coração, os valores... Sentia tudo de forma natural, notei meus seios se modificarem, meus quadris se alargarem, e os hormônios falaram mais alto. Respondi a esse sinal e descobri uma nova sensação.

No colégio, tínhamos aula de educação sexual. Falava-se de gravidez, ovulação, menstruação, menos de prazer e orgasmo. Eu tinha a impressão que esta ‘parte do bolo’ só pertencia aos meninos. Se falava de ereção e que a ejaculação dentro da mulher no período fértil resultaria numa gravidez. então, se eles ejaculavam estava tudo resolvido, fim de linha. Minha vida sexual se deu na pós-adolescência com meu primeiro namorado. Não tive orgasmo imediato com ele.

O sexo acontecia, mas não acontecia, quer dizer, era finalizado quando ele atingia o orgasmo e não eu. Era como comer um queijo suíço a dois: ele comia o queijo e eu comia os furos (risos). Resolvi homeopaticamente começar a falar para ele que faltava algo, ou melhor, que faltava ele 'tocar' em algo (riso).

Éramos muito jovens, acho que o orgasmo feminino também foi uma descoberta para ele, porque ele só me proporcionou o prazer porque eu sinalizei. Acredito que muitas meninas e meninos comecem a praticar sexo porque é moda, e não porque sentem as mudanças de uma fase da vida para outra.

Uma coisa muito curiosa que não me canso de assistir e de gargalhar é a personagem Samantha Jones do seriado americano Sex and City, interpretada por Kim Cattral. Samanta não faz sexo, ela sobrevive fazendo sexo. Atingir o orgasmo para ela é tão simples como passar cosmético na face.

As cenas de sexo com Samantha são divertidíssimas. Mas não consigo imaginar uma mulher ter tal facilidade para chegar ao clímax." Leonita Fernandes, 41 anos, empresária.


Cristina Vieira | cristina.vieira@diario.com.br

Nenhum comentário: