Por Altamiro Borges em seu
blog
O "capetão" está
definhando. A Folha informa que "Jair Bolsonaro perdeu quatro de cada dez
eleitores que votaram nele no primeiro turno de 2018... O esvaziamento se deu
com intensidade em dois segmentos que haviam impulsionado sua candidatura na
última campanha: o Sudeste, região mais populosa do país, e o eleitorado com
ensino superior".
Baseado na pesquisa do
Datafolha, o artigo de Bruno Boghossian publicado neste sábado (5) afirma que
"há um ponto de partida duplo para esse derretimento. O humor de eleitores
mais escolarizados e das grandes cidades do Sudeste virou na primeira metade de
2020, na fase em que Bolsonaro expôs seu negacionismo diante da pandemia e
Sergio Moro deixou o governo".
O colunista da Folha até parece
torcer pelo ex-juizeco e ex-ministro do fascista, que segue empacado nas
pesquisas e gera dúvidas sobre a manutenção da sua candidatura. Ele afirma que
Sergio Moro “capturou parte dos votos” do presidente. “Atualmente, ele marca
percentuais acima da média entre eleitores com curso superior (13%) e no
Sudeste (12%)”.
Mas ele mesmo pondera que “o
alinhamento a Moro sugere que parte desses segmentos continua no mesmo campo
político e pode retornar para Bolsonaro caso ele permaneça como o nome mais
viável da direita até o dia da votação”. E ainda observa que “outra parcela de
eleitores desses grupos aderiu à candidatura de Lula”.
O desempenho de Lula entre os jovens
“O petista registra nesses
setores um crescimento significativo em relação ao desempenho de Fernando
Haddad no primeiro turno de 2018. Os números favorecem o ex-presidente porque
esses segmentos foram marcados pelo antipetismo na última campanha. Hoje, no
Sudeste, Lula aparece com 43% das intenções de voto – perto da melhor marca do
PT na região em pesquisas às vésperas do primeiro turno (45% em 2002)”.
O articulista da Folha ainda
agrega outro elemento muito importante: “Uma variação interessante também é
vista entre os jovens. Bolsonaro teve sua maior queda proporcional na faixa de
16 a 24 anos – grupo em que Lula tem seu melhor desempenho. Nenhum desses
eleitores podia votar quando o petista venceu as disputas de 2002 e 2006”.
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