Por José Luís Fiori e Willian
Nozaki, no site A
terra é redonda:
“Existe uma psicologia bem compreendida da incompetência militar […]. Norman
Dixon argumenta que a vida militar, com todo o seu tédio, repele os talentosos,
deixando as mediocridades, sem inteligência e iniciativa, subirem na
hierarquia. No momento em que alcançam cargos importantes de tomada de decisão,
essas pessoas tendem a sofrer alguma decadência intelectual. Um mau comandante,
argumenta Dixon, nunca quer ou é incapaz de mudar de rumo quando toma a decisão
errada” (Ferguson, N. Catástrofe. Editora Planeta, p. 184).
Qualquer pessoa de bom-senso – dentro e fora do Brasil – se pergunta hoje como
foi que um segmento importante dos militares brasileiros chegou ao ponto de
conceber e levar adiante um governo militarizado e aliado a grupos e pessoas
movidas por um reacionarismo religioso extremado, e por um fanatismo econômico
e ideológico completamente ultrapassados, todos “escondidos” atrás de um
personagem grotesco e um “mau militar”, como afirmou o general Ernesto Geisel
em outro momento?
Beba
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