Por Pedro Abramovay, João Brant e Daniela da Silva – Revista
Piauí
Nós podemos absolver por
falta de provas, mas sabemos o que ocorreu. Sabemos o que vem ocorrendo e não
vamos permitir que isso ocorra.” A frase de Alexandre de Moraes, ministro do
STF (Supremo Tribunal Federal) e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), foi dita
no final de outubro do ano passado no julgamento da ação que pedia a cassação
da chapa Bolsonaro-Mourão por disseminação em massa de fake news nas
eleições de 2018. O pedido foi rejeitado por unanimidade, mas a declaração do
ministro, que presidirá o TSE a partir deste ano, sintetiza o imbróglio em que
o Tribunal está metido na tentativa de fazer frente às milícias digitais que
praticaram e seguem praticando estratégias de desinformação. Olhando para 2022,
o elemento mais desafiador é fazer com que o “não vamos permitir que isso
ocorra” seja uma declaração de força real sobre as eleições, e não uma profecia
irrealizável.
Não se pode dizer que seja um sinal de saúde para uma
democracia que o processo eleitoral tenha que se iniciar com afirmações de
força da Justiça Eleitoral.
Beba
na fonte> https://piaui.folha.uol.com.br/fake-news-versao-2-0-22/
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