Por André Cintra -
A bancada da esquerda na Câmara dos Deputados pode
crescer até 15% nas eleições 2022. Conforme estudo do Diap (Departamento
Intersindical de Análise Parlamentar), PT, PSB, PCdoB e PV tendem a ser
beneficiados com a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva a presidente e com
uma possível federação partidária entre eles.
Hoje, esses quatro partidos somam 132 deputados
federais, sendo 53 do PT. Segundo o Diap, é esperado que essa bancada cresça ao
menos 10%, com base nos votos de cada legenda em 2018. “Mas tudo vai depender
das candidaturas e dos palanques formados nos estados”, diz à CartaCapital Neuriberg
Dias, diretor de documentação do Diap.
O instituto projeta que o recém-fundado União Brasil,
fruto da fusão entre DEM e PSL, tende a ser a maior bancada partidária. Da
mesma maneira, o PL deve ser beneficiado com a filiação de Jair Bolsonaro e de
candidatos que apoiarão a reeleição do presidente.
Para André Santos, analista político da Contato
Assessoria, esse cenário trará desafios na governabilidade para o próximo nome
a ocupar o Palácio do Planalto. “É aí que um eventual governo de esquerda, que
queira reformular medidas de Temer e Bolsonaro, irá esbarrar. A habilidade de
negociação vai ter que ser muito grande”, diz ele.
“Atualmente, não tem base para votar facilmente uma
PEC, por exemplo, que precisa de 308 votos. O ideal seria conseguir (na
eleição 2022) uma base de 200 ou 240 (deputados), mas as projeções
apontam números para ter margem para negociações polêmicas e projetos de lei
complementares”, conclui André.
Com informações da CartaCapital
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