quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

BARROSO ACUSA BOLSONARO DE AUXILIAR HACKERS QUE ATACAM TSE

O ministro Luís Roberto Barroso, que deixa a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no próximo dia 28, mostrou que vai sair atirando. Na cerimônia virtual ontem para a reabertura dos trabalhos da Corte, ele acusou o presidente Jair Bolsonaro de auxiliar “milícias digitais e hackers” ao vazar a íntegra de uma investigação sigilosa da Polícia Federal sobre um suposto ataque cibernético à corte. Bolsonaro é alvo de uma investigação no STF por conta do vazamento, feito em agosto do ano passado. Segundo o ministro, “faltam adjetivos para a atitude deliberada de facilitar ataques criminosos”. “O presidente da República vazou a estrutura interna da TI do TSE. Tivemos que tomar uma série de providências de reforço da segurança cibernética dos nossos sistemas para nos protegermos”, disse Barroso. (g1)

No mesmo discurso, Barroso reforçou a ideia de bloquear o Telegram, sem citar o aplicativo de mensagens russo. “Plataformas que queiram operar no Brasil têm que estar sujeitas à legislação brasileira e às autoridades judiciais do país”, afirmou. (Poder360)

Comparado ao ataque de Barroso, o discurso duro do ministro Luiz Fux na abertura dos trabalhos do STF foi visto pelos colegas como uma tentativa de baixar a temperatura, como conta o Painel. Fux disse que “não há mais espaços para ações contra o regime democrático e para violência contra as instituições públicas” e que a democracia não comporta “nós contra eles”. (Folha)

Bem longe da bronca de Barroso, uma notícia alegrou o clã Bolsonaro. O ministro da Economia, Paulo Guedes, nomeou para a corregedoria da Receita Federal o auditor João José Tafner, bolsonarista de vestir camisa na campanha de 2018. O cargo é de particular interesse para o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), suspeito da prática de rachadinha na Alerj, e estava vago desde julho ano passado. Lauro Jardim revelou que o presidente chegou a barrar uma indicação de Guedes por querer alguém de sua confiança. Segundo Bela Megale, a nomeação foi mal recebida na Receita, com o temor de ingerência política. (Globo)
Descobriu-se finalmente o culpado pela gravidez na infância e adolescência: o TikTok — sim, o aplicativo de vídeos. Pelo menos essa foi a explicação da ministra da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, na abertura da Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, em Brasília. “Não vem papai e mamãe jogar no colo do Ministério da Saúde: ‘resolva, minha filha engravidou’, depois que deixou sua filha ir pro TikTok vender seu corpo. Uma coisa está muito atrelada com a outra”, afirmou a ministra. (Poder360)

Em tempo, Damares tem pretensões políticas e vem radicalizando o discurso ultraconservador. (Último Segundo)

De olho no mesmo segmento, o ex-ministro Sérgio Moro (Podemos) prepara uma carta “de princípios cristãos” a líderes evangélicos na qual atacará a “erotização precoce das crianças”, ampliação de hipóteses de aborto legal e aprovação de jogos de azar, além de defender a isenção tributária das igrejas. (Globo)

Bem planejada no papel, a fusão de PSL e DEM no União Brasil está esbarrando em disputas regionais. No Rio e no Distrito Federal, a briga é pelo controle dos diretórios locais, enquanto no Ceará a divisão se estende às eleições. A ala DEM tem uma aliança com o PT e o PDT, enquanto a ala PSL quer filiar o deputado Capitão Wagner (PROS) e lançá-lo ao governo, dando um palanque para o presidente Jair Bolsonaro. A eleição presidencial é outro problema. O DEM quer investir nas coligações regionais e eleições legislativas, enquanto o PSL sonha com o apoio a Sérgio Moro. (Estadão)

Enquanto isso... O PT fez um aceno ao PSB ao declarar apoio no Maranhão à candidatura do vice-governador Carlos Brandão, que deve deixar o PSDB e seguir o governador Flávio Dino na migração para os socialistas. Segundo o Painel, o movimento pode facilitar a formação de uma federação entre PT e PSB, mas desagradou aliados de Dino. O senador Weverton Rocha (PDT) rompeu com o governador, a quem acusa de ter escolhido um sucessor de direita, e promete concorrer ele mesmo ao governo maranhense. (Folha)

Com informações Canal Meio

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