Canal Meio
O veterano roqueiro Neil Young notificou sua gravadora para que retire do Spotify todo seu repertório. São cinco décadas de sucessos como Rockin' In The Free World (YouTube) e Cortez The Killer (YouTube). O ato é um protesto contra o conteúdo negacionista e antivacinas do podcast The Joe Rogan Experience, comprado pela plataforma por US$ 100 milhões. “Eles podem ter Joe ou Young. Não os dois”, disse o músico canadense, de 76 anos. (Poder360)
Young, aliás, está
lançando disco novo, Barn (Spotify, por
enquanto). Segundo Ivan Finotti, é seu melhor
trabalho na última década, mergulhando fundo nas baladas rurais e no
country rock que fizeram dele uma lenda. (Folha)
Para ler com calma. Enquanto
patriarcas como Young e Bob Dylan vendem seus catálogos para fundos, uma nova
geração de artistas da música pop está assumindo controle completo de
sua produção. Nova sensação americana, Lauren Spencer-Smith, por exemplo,
colocou sua canção Fingers Crossed (Spotify)
no topo das paradas sem qualquer relação com gravadoras. Dá trabalho, mas os
artistas celebram a liberdade para criar e o lucro. (BBC)
Cecília Meireles (1901-1964)
se definia como “uma pastora de nuvens”, dado o caráter etéreo de sua poesia, e
chegava a dizer que seu defeito como poeta era “uma certa ausência de mundo”.
Na sua prosa, porém, a história era bem
outra. O livro Um País no Horizonte de Cecília mostra seu
lado jornalista, trazendo nove ensaios e reportagens publicadas entre 1939 e
1940. A repórter Cecília mergulha na indústria da carne, na participação
feminina no mercado de trabalho e em outros temas que revelam uma mulher com os
dois pés no chão e os olhos atentos ao mundo a sua volta. (Globo)
Como um pastoreio de
nuvens sempre faz bem, confira esta lista com dez dos mais
importantes poemas de Cecília Meireles. (Bula)
Se há uma coisa que países com
forte racismo estrutural fazem é jogar no esquecimento grandes marcos da
cultura negra — é o caso de Brasil e EUA. Mas já imaginaram esconder embaixo do
tapete todo um festival
de música que reuniu 300 mil pessoas em seis fins de semana na mais
importante cidade do planeta? O documentário Summer of Soul (trailer) resgata o
Harlem Cultural Festival, que aconteceu em 1969, mas não recebeu o mesmo
destaque de seu contemporâneo Woodstock. Pelo palco passaram deuses da música
negra americana, como Stevie Wonder, Gladys Knight, B.B. King, Sly & The
Family Sone, Mahalia Jackson e
dezenas de outros, mas a revolução estava na plateia, o povo ali do Harlem
mesmo. Premiado no Sundance, o filme é favorito ao Oscar e ajuda a escrever uma
história mais honesta. (Estadão)
E o Google está
mudando a forma como rastreia usuários na internet. Ontem a companhia anunciou
uma nova
proposta para manter a publicidade direcionada na web e ao mesmo tempo
proteger a privacidade das pessoas. Em vez de identificar individualmente as
pessoas na rede, elas serão mapeadas por interesses em um curto período de
tempo. Chamada de Topics, o recurso funcionará como um software integrado ao
navegador Chrome. (Estadão)
Depois de várias marcas cancelarem
participações presenciais durante a CES 2022, a Mobile World Congress (MWC)
deve passar por algo semelhante. Sony e a Lenovo já desistiram
de ir ao evento, que costuma reunir várias gigantes de tecnologia para
apresentação de suas novidades mais recentes. A edição deste ano será realizada
na cidade de Barcelona entre os dias 28 de fevereiro e 2 de março. O motivo
para o cancelamento das companhias é o aumento de casos de covid-19 causado
pela disseminação da variante ômicron. Entretanto, a organização do evento
apontou que os encontros devem permanecer marcados normalmente, com mais de mil
palestrantes e outros 1,5 mil expositores. Enquanto isso, companhias como a
Sony farão suas apresentações apenas de forma isolada e virtual. (Canaltech)
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