quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

CULTURA E COTIDIANO DIGITAL

(Ilustração: Rita Mayumi/Nova Escola)

Canal Meio 

O veterano roqueiro Neil Young notificou sua gravadora para que retire do Spotify todo seu repertório. São cinco décadas de sucessos como Rockin' In The Free World (YouTube) e Cortez The Killer (YouTube). O ato é um protesto contra o conteúdo negacionista e antivacinas do podcast The Joe Rogan Experience, comprado pela plataforma por US$ 100 milhões. “Eles podem ter Joe ou Young. Não os dois”, disse o músico canadense, de 76 anos. (Poder360)

Young, aliás, está lançando disco novo, Barn (Spotify, por enquanto). Segundo Ivan Finotti, é seu melhor trabalho na última década, mergulhando fundo nas baladas rurais e no country rock que fizeram dele uma lenda. (Folha)

Para ler com calma. Enquanto patriarcas como Young e Bob Dylan vendem seus catálogos para fundos, uma nova geração de artistas da música pop está assumindo controle completo de sua produção. Nova sensação americana, Lauren Spencer-Smith, por exemplo, colocou sua canção Fingers Crossed (Spotify) no topo das paradas sem qualquer relação com gravadoras. Dá trabalho, mas os artistas celebram a liberdade para criar e o lucro. (BBC)

Cecília Meireles (1901-1964) se definia como “uma pastora de nuvens”, dado o caráter etéreo de sua poesia, e chegava a dizer que seu defeito como poeta era “uma certa ausência de mundo”. Na sua prosa, porém, a história era bem outra. O livro Um País no Horizonte de Cecília mostra seu lado jornalista, trazendo nove ensaios e reportagens publicadas entre 1939 e 1940. A repórter Cecília mergulha na indústria da carne, na participação feminina no mercado de trabalho e em outros temas que revelam uma mulher com os dois pés no chão e os olhos atentos ao mundo a sua volta. (Globo)

Como um pastoreio de nuvens sempre faz bem, confira esta lista com dez dos mais importantes poemas de Cecília Meireles. (Bula)

Se há uma coisa que países com forte racismo estrutural fazem é jogar no esquecimento grandes marcos da cultura negra — é o caso de Brasil e EUA. Mas já imaginaram esconder embaixo do tapete todo um festival de música que reuniu 300 mil pessoas em seis fins de semana na mais importante cidade do planeta? O documentário Summer of Soul (trailer) resgata o Harlem Cultural Festival, que aconteceu em 1969, mas não recebeu o mesmo destaque de seu contemporâneo Woodstock. Pelo palco passaram deuses da música negra americana, como Stevie WonderGladys KnightB.B. KingSly & The Family SoneMahalia Jackson e dezenas de outros, mas a revolução estava na plateia, o povo ali do Harlem mesmo. Premiado no Sundance, o filme é favorito ao Oscar e ajuda a escrever uma história mais honesta. (Estadão)

COTIDIANO DIGITAL

E o Google está mudando a forma como rastreia usuários na internet. Ontem a companhia anunciou uma nova proposta para manter a publicidade direcionada na web e ao mesmo tempo proteger a privacidade das pessoas. Em vez de identificar individualmente as pessoas na rede, elas serão mapeadas por interesses em um curto período de tempo. Chamada de Topics, o recurso funcionará como um software integrado ao navegador Chrome. (Estadão)

Depois de várias marcas cancelarem participações presenciais durante a CES 2022, a Mobile World Congress (MWC) deve passar por algo semelhante. Sony e a Lenovo já desistiram de ir ao evento, que costuma reunir várias gigantes de tecnologia para apresentação de suas novidades mais recentes. A edição deste ano será realizada na cidade de Barcelona entre os dias 28 de fevereiro e 2 de março. O motivo para o cancelamento das companhias é o aumento de casos de covid-19 causado pela disseminação da variante ômicron. Entretanto, a organização do evento apontou que os encontros devem permanecer marcados normalmente, com mais de mil palestrantes e outros 1,5 mil expositores. Enquanto isso, companhias como a Sony farão suas apresentações apenas de forma isolada e virtual. (Canaltech)


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