sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

RESUMO DA SEMANA

POLÍTICA

O presidente Jair Bolsonaro agiu de forma “direta e relevante” para espalhar desinformação sobre o sistema eleitoral brasileiro. Essa é a conclusão de um relatório entregue pela Polícia Federal ao STF. De acordo com a delegada Denisse Ribeiro, responsável pelo documento, Bolsonaro aderiu “a um padrão de atuação já empregado por integrantes de governos de outros países”. O relatório da PF faz parte de um inquérito sobre disseminação de notícias falsas, sob a responsabilidade do ministro Alexandre Moraes, alvo constante de ataques do presidente. (g1)

Um dia depois de a Polícia Federal executar mandados de busca e apreensão contra o ex-ministro e pré-candidato Ciro Gomes (PDT) e seus irmãos, o presidente Jair Bolsonaro usou sua live semanal para ironizar o incidente. “Tiveram uma visita ontem, né. Estão me acusando. Não tenho como interferir na PF. Não existe isso aí. A PF faz operações. Essa operação começou em 2017, não foi comigo”, disse ele. (Poder360)

Atacado por Bolsonaro, Ciro foi defendido por um grupo de juristas que inclui advogados, professores e ex-ministros da Justiça. Em nota, eles disseram que o presidente tem procurado “aparelhar as instituições de Estado” e criticaram o “uso descabido do sistema judicial como forma de perseguição política”. (Globo)

Mais uma pesquisa, agora do Datafolha, indica que, se as eleições acontecessem hoje, o ex-presidente Lula (PT) venceria já no primeiro turno. Ele tem 48% das intenções de votos, mais que o dobro dos 22% do presidente Jair Bolsonaro (PL). Em seguida aparecem Sérgio Moro (Podemos) com 9%, Ciro Gomes (PDT) com 7% e João Doria (PSDB) com 4%. Lula tem mais do que a soma dos adversários — esta é a conta que define a vitória em primeiro turno. O ex-presidente tem melhor desempenho entre os mais jovens, mais pobres e menos escolarizados. Um dado importante é que Lula vence Bolsonaro até entre os evangélicos (39% a 33%), grupo fundamental na eleição do presidente em 2018.  (Folha)

Bruno Boghossian: “A estreia de Sergio Moro na corrida presidencial não produziu o terremoto que seus apoiadores esperavam. Ao contrário, os primeiros números depois de sua largada consolidam a liderança de Lula e realçam fragilidades do ex-juiz e da candidatura de Jair Bolsonaro.” (Folha)

Meio em vídeo. Andam tumultuados os últimos dias do ano. Polícia Federal à porta de Ciro Gomes. Alckmin deixando o ninho tucano. Sérgio Moro como agente da CIA? Quem afinal tem legitimidade, na eleição do ano que vem, para dizer que é democrata e limpo? Confira no Ponto de Partida. (YouTube)

Disposto a sair da rabeira das pesquisas e se viabilizar como candidato de terceira via, o governador paulista João Doria (PSDB) apresentou ontem os quatro primeiros nomes do comitê econômico de sua campanha. Além do ex-presidente do BC Henrique Meirelles, ele anunciou as economistas Ana Carla Abrão, Zeina Latif e Vanessa Rahal Canado. Para explicar o funcionamento da equipe, ele ironizou o ministro da Economia, Paulo Guedes: “O Brasil já entendeu que a gasolina do posto Ipiranga acabou. Não teremos um posto Ipiranga, teremos uma usina de talentos econômicos.” Os quatro ressaltaram diversas vezes a preocupação com o aspecto social das propostas que serão elaboradas. Faz sentido, já que o desemprego e o avanço da miséria são apontados pelos eleitores como suas maiores preocupações. (Folha)

Os princípios ou o bolso? Esse dilema está infernizando a bancada evangélica no Congresso. Ontem a Câmara aprovou, por 293 votos a 138, a urgência no projeto que legaliza os cassinos e outros jogos de azar no Brasil. Com isso, o texto não terá de passar por comissões, indo direto ao Plenário. O assunto é anátema para a bancada religiosa, mas o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pôs na mesa uma carta poderosa. Ele quer amarrar a liberação da jogatina à aprovação da PEC que isenta templos de pagar IPTU em imóveis alugados. Hoje eles já não pagam em imóveis próprios. (UOL)

Numa cerimônia de apenas 15 minutos, André Mendonça tomou posse ontem no Supremo Tribunal Federal. Em seu discurso, o ex-ministro da Justiça se comprometeu a “consolidar a democracia e esses valores e garantias e direitos que já estão estabelecidos e que vierem a ser estabelecidos no texto da nossa Constituição”. O presidente Jair Bolsonaro, o vice Hamilton Mourão e os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) participaram da posse. Após a cerimônia, o novo ministro esteve em um culto evangélico com Bolsonaro em Brasília, onde foi recebido com aplausos. (Poder360)

Em que pese o discurso de posse, a expectativa dentro do Supremo é de que Mendonça será um ministro lavajatista, conservador em costumes e alinhado com o governo em assuntos de economia. (Folha)

 Com informação Canal Meio

 


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