Por Canal Meio
O Brasil entrou em recessão técnica. O Produto Interno
Bruto (PIB) do país caiu 0,1% no terceiro trimestre deste ano na comparação com
trimestre anterior, segundo dados divulgados ontem pelo IBGE. No 2º trimestre,
o PIB recuou 0,4% ante os três primeiros meses do ano. Com isso, o Brasil
entra em uma nova recessão técnica, que é quando o
PIB tem retração por dois trimestres seguidos. A última foi registrada
nos dois primeiros trimestres de 2020, quando o PIB ‘encolheu’ 2,3% e, em
seguida, 8,9%. (g1)
No 3º tri, a economia
brasileira foi puxada pelo setor de serviços, que avançou 1,1% por
conta da normalização parcial das atividades presenciais e o
avanço da vacinação. Entretanto, a queda de 8% na agropecuária e de 9,8%
nas exportações de bens de serviços pressionaram o resultado do 3º tri para
baixo. Já o PIB industrial ficou estagnado, afetado pelos gargalos nas cadeias
globais de produção, os entraves no transporte marítimo, a escassez de peças e
componentes e a crise hídrica, que encareceu a geração de energia. (Estadão)
Enquanto isso... O
ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o Brasil está "condenado
a crescer", mas afirmou que o esforço para combater a inflação vai
diminuir o ritmo de expansão. Segundo ele, os preços têm subido por fatores
como a desorganização das cadeias produtivas globais e sugeriu que o BC vai
controlar os preços por meio dos juros. “O Brasil está condenado a crescer, a
pergunta é se vai ter um pouco mais ou menos de inflação. E isso vai depender
justamente de como é que a gente vai combater essa inflação”, disse. (Folha)
Míriam Leitão: Com
a recessão
técnica do país no terceiro trimestre, o mercado financeiro começa a
se perguntar se o Banco Central vai fazer um ciclo tão forte de alta dos juros.
Em outras palavras, o BC está em um dilema. Tem, por um lado, inflação de dois
dígitos, por outro, uma economia no vermelho. Levar a Selic a dois dígitos será
um choque monetário sobre uma economia já combalida. (O Globo)
Apesar da divulgação
do PIB, o Ibovespa ontem foi influenciado pela aprovação da PEC dos Precatórios
no Senado e fechou
em alta de +3,66% aos 104.466 pontos. Foi a maior alta diária do
índice no ano. O dólar fechou em baixa de -0,19%, cotado a R$ 5,66. (InfoMoney)
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