Por Durval Muniz de
Albuquerque, Prof. Dr. em História - Pensar
Piauí
O último dia 20 de novembro foi o Dia da Consciência
Negra, data que convida toda a sociedade brasileira a refletir sobre o racismo
estrutural, que marca a sociedade brasileira, relembrar as lutas de resistência
dos africanos escravizados e de seus descendentes, pela liberdade, por
reconhecimento social, por cidadania, por direitos e explicitar a contribuição
dos negros e negras para a construção da sociedade brasileira, para a cultura,
a literatura, as artes e o pensamento brasileiros.
No entanto, o racismo e a condição social do negro não
são apenas questões de consciência. O racismo e a negrofobia, ou seja, o medo e
a rejeição ao corpo, à pele negra, não se passam apenas ao nível do consciente,
não podem ser erradicados socialmente apenas a partir de mudanças nas formas de
pensamento, não podem ser combatidos apenas com uma argumentação lógica e
racional.
Quando dizemos
que o racismo antinegro é estrutural, não apenas no Brasil, mas em grande parte
do mundo, é porque ele habita as estruturas do inconsciente individual e
coletivo. A rejeição a negritude, ao ser negro, o medo de aproximação com a
condição do ser negro, habita, muitas vezes, o próprio inconsciente dos
militantes pela causa de combate ao racismo, habita e dilacera internamente os
próprios negros.
Beba
na fonte> https://pensarpiaui.com/noticia/racismo-negrofobia-e-morte-social-quando-nao-basta-apenas-a-consciencia.html
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