Por Reinaldo Azevedo - UOL
A portaria de Onix Lorenzoni, ministro do Trabalho,
proibindo a demissão de não vacinados ou a exigência de atestado de vacina para
a contratação fere coisa julgada pelo Supremo. O tribunal já decidiu que a
obrigatoriedade da vacina é constitucional. O que o STF rejeitou — e nunca
ninguém propôs algo parecido — é a imunização na marra.
É claro que o ministro não tomaria essa decisão sem a
concordância de Jair Bolsonaro, aquele cara que faz turismo da truculência na
Itália. As milícias bolsonarianas exigem um novo confronto com o Supremo. Já
afirmei aqui que a resistência à vacina é hoje uma das bandeiras da extrema
direita mundo afora. Inexiste relação de subordinação entre os vários grupos,
mas a agenda é a mesma. É o que chamo "Al Qaeda Eletrônica do
Neofascismo".
Não deixa de ser comovente constatar que o ministro
considera a prática "discriminatória". Sempre que o bolsonarismo
acusar "discriminação", é bom tomar cuidado. Ora vejam... Essa gente
não tem receio nenhum em confundir homofobia, misoginia ou racismo com
"liberdade de expressão", certo? Para eles, nesse caso, acusar a
"discriminação" corresponde a fazer "mimimi".
Leia a íntegra no blog e descubra por que a portaria é
inconstitucional e deveria ser derrubada pelo STF, em mais atrito cavado pelo
presidente com a Corte.
Beba na fonte: https://noticias.uol.com.br/.../portaria-sobre-vacina...
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