sexta-feira, 29 de outubro de 2021

SANTA CATARINA É PIONEIRA NO BRASIL EM RESTRIÇÃO DE AGROTÓXICO QUE CAUSA MORTALIDADE DE ABELHAS

O FRBL, fundo presidido pelo MPSC, financiou as análises do programa POA, que subsidiaram a CIDASC para a emissão de portaria restringindo o uso de fipronil no estado

Santa Catarina é o primeiro estado brasileiro a restringir o uso de fipronil, agrotóxico identificado como causador de mortandade extensiva de abelhas. A proibição foi determinada em portaria da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC), sustentada por análises laboratoriais custeadas pelo Fundo de Reconstituição de Bens Lesados (FRBL), presidido pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).

A norma entrou em vigor no mês de setembro e proíbe a aplicação do agrotóxico sobre as folhas em cultivos catarinenses. Os estudos custeados pelo FRBL apontaram o fipronil, utilizado em plantações de soja, como o agente responsável pela morte de 50 milhões de abelhas no Planalto Norte catarinense, em 2019, nas áreas vizinhas a essas lavouras.

O custeio das análises laboratoriais das abelhas mortas foi parte de um projeto apresentado ao FRBL pelo Centro de Apoio Operacional do Consumidor (CCO) do MPSC, como uma das ações do Programa de Proteção Jurídico-Sanitária dos Consumidores de Produtos de Origem Animal (POA). O Coordenador do CCO, Promotor de Justiça Eduardo Paladino, explica que o Programa Alimento Sem Risco (PASR) já promovia a análise de resíduos de agrotóxicos em alimentos de origem vegetal com recursos do FRBL, desde 2010. Posteriormente, passou a analisar também resíduos presentes na água distribuída à população (Programa Qualidade da Água) e em alimentos de origem animal (POA).

Com informações MPSC

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