terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Como a França e a Inglaterra trataram o escândalo da sua Petrobras

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Vamos a uma pequena comparação sobre as diferenças de estilo de países civilizados e países primários, no tratamento dos escândalos de suas empresas estratégicas.

Por Luis Nassif

Vamos a uma pequena comparação sobre as diferenças de estilo de países civilizados e países primários, no tratamento dos escândalos de suas empresas estratégicas.

Por longo tempo, a Airbus usou intermediários em suas vendas internacionais. Foi condenada a uma multa de 3,6 bilhões de euros por reguladores do Reino Unido, França e EUA.

O regulador britânico negociou um acordo com a Airbus. Nesse acordo, as empresas podem evitar denúncias criminais se admitirem as irregularidades, revisarem os seus negócios e pagarem a multa. Nos mesmos moldes do acordo do Departamento de Justiça americano com a Petrobras.

Para chegar ao acordo, a empresa mudou o seu quadro de executivos, substituindo por uma equipe nova. Revisou sua política de compliance e reduziu o número de intermediários na venda de aviões.

Esses mesmos procedimentos foram adotados por outras empresas denunciadas por corrupção no Reino Unido, como o Standard Bank, Sarclad, Rolls-Royce, Tesco, Serco e Güralp Systems.

Qual a diferença do Brasil?

Em nenhum caso, procuradores britânicos e franceses, para promoção pessoal, saíram pelo mundo alardeando que seus países eram os mais corruptos do planeta. Nem se valeram dos escândalos para jogadas políticas. Nem induziram ao desmonte das suas empresas, porque sabem eles que uma de suas missões é a defesa do interesse nacional.

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