Os prefeitos dos 18 municípios associados da Amurel – ou seus representantes -, votaram pelo não retorno às aulas presenciais na região em 2020. A decisão foi tomada em Assembleia Geral Extraordinária ocorrida hoje (06) a partir das 10 horas, com a participação também dos secretários de Educação dos respectivos municípios, e de assessores técnicos da Amurel e da Fecam. A reunião foi mediada pelo presidente da Amurel, prefeito de Treze de Maio Clésio Bardini de Biasi e pelo diretor executivo da Amurel Celso Heidemann.
A assessora técnica da Fecam Gilmara da Silva foi a
primeira a fazer considerações a respeito da possibilidade de retomada das
aulas presenciais pelos municípios. Trouxe a informação de que nas oito
associações de municípios que já se posicionaram a respeito do assunto, todas
decidiram pelo não retorno às aulas neste ano. Segundo Gilmara, a orientação da
Fecam também é pela continuidade do isolamento social, levando em conta não só
a situação epidemiológica, mas também a pedagógica. “A Portaria 750, do Governo
do estado é clara, entre outras coisas, ao estabelecer que só pode retornar às
aulas com o Plano de Contingência pronto, o que não é o caso”, lembrou.
O presidente da Amurel argumentou que vê mais riscos do
que vantagens no retorno às aulas: “70 % do período letivo já foi transcorrido.
Não vejo nenhuma razão para voltar agora”, defendeu Clésio. “Não estamos
preparados para a forma presencial, os professores não estão preparados, muito
menos as crianças. Há um risco enorme ainda, ninguém pode negar. Não é momento
para mudança de rota”, disse o prefeito de Pedras Grandes, Vilson Tadeu Marcon,
o Xixo.
Da mesma forma e com argumentos e preocupações
semelhantes, os demais prefeitos e secretários de Educação se manifestaram
contrários à volta às aulas presenciais.
Gilmara da Silva lembrou ainda que foram cumpridas
fielmente as orientações do FNDE para a distribuição dos kits emergenciais de
alimentação escolar e, em muitos municípios, as licitações foram alteradas para
que se pudesse agilizar a entrega da alimentação para os estudantes que
precisam desse Kit. “Todo o processo licitatório precisaria ser revisto para
que se pudesse fazer a aquisição dos alimentos para a manipulação e
distribuição dos espaços escolares a partir de Manuais de Boas Práticas, que precisariam
ser revistos para atender as normas de segurança”, ressaltou.
A secretária de Educação de Imbituba Cristiane Tokarski
Espezim relatou aos participantes que o município fez uma pesquisa junto aos
pais de alunos da rede municipal que apontou não concordância de 85% dos
entrevistados quanto à volta às aulas.
Joares Ponticelli, prefeito de Tubarão, ratificou o
posicionamento dos demais prefeitos, mas fez a ressalva de que as escolas não
podem se negar a dar orientação pedagógica presencial aos alunos que
necessitarem, desde que seguindo os protocolos conhecidos, como marcação de
hora para atendimento, distanciamento e higienização.
A reunião encerrou com a deliberação de que os
prefeitos e secretários de Educação voltarão a tratar deste assunto assim que
cada município e a região da Amurel tiverem seus planos de contingência
construídos. O Plano de Contingência Regional e o Plano de Contingência
Municipal para Infecção Humana pelo novo coronavírus (Covid-19) são documentos
que, em caso de agravamento da pandemia definem o nível de resposta e a
estrutura de comando correspondente a ser configurada, em cada nível de
resposta.
Com informações AMUREL
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