quinta-feira, 18 de junho de 2020

Aulas online obrigam milhões de alunos a usar app de empresa obscura que criou TV Bolsonaro

A prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flavio Bolsonaro na casa do advogado do senador pode esclarecer alguns dos escândalos que envolvem a família Bolsonaro. Um deles é a rachadinha de Flávio que financiou prédios ilegais da milícia no Rio. 

UMA EMPRESA com sede numa sobreloja sem identificação na Região dos Lagos do Rio de Janeiro é a responsável por aplicativos usados por 7,1 milhões de alunos e professores de São Paulo, Paraná, Amazonas e Pará para aulas à distância. A empresa, pouco conhecida mesmo no meio em que atua, é ligada a políticos bolsonaristas e a um acusado de participar de uma rede de prostituição de menores de idade.

Contratados a toque de caixa por conta da pandemia, os aplicativos têm problemas: apresentam defeitos de transmissão de som e imagem e não funcionam em celulares mais antigos. Mais grave, entregam à IP.TV, a empresa que os desenvolveu, uma série de dados pessoais de estudantes menores de idade e seus professores. E, em um dos apps, os alunos são expostos diretamente a mentiras e teorias da conspiração bolsonaristas.

A empresa, que em três meses saiu da obscuridade para se tornar a principal fornecedora de tecnologia para aulas à distância da rede estadual do país, entrou no negócio por acaso.

Nenhum comentário: