Vídeo mostrou reunião de
loucos, impostores, fanáticos, aproveitadores, militares sectários, e uns
poucos estarrecidos. ( Foto Marcos Corrêa/PR)
O jornalista Janio de Freitas analisou, em artigo
na Folha de S.Paulo deste sábado 23/V, a
confissão de Jair Bolsonaro, na reunião ministerial de 22/IV, em torno de seus
planos de armar a população ("é escancarar a questão do armamento
aqui. Eu quero todo mundo armado! Que povo armado jamais será
escravizado", disse o presidente no vídeo tornado público nesta sexta).
"Em quase três décadas no Congresso e ano e meio
com o título de presidente, Bolsonaro só teve atos e posições prejudiciais aos
assalariados, aos trabalhadores aposentados, aos que sobrevivem do trabalho
informal —à larga maioria brasileira, ao povo.
Para isso tem Paulo Guedes
na orientação do que pode fazer para destruir os ralos programas sociais, a
educação, o arremedo de assistência à saúde. A gana de armar 'todo mundo' não
vem de insuspeitada e extremada revolta de Bolsonaro com a desumanidade
dominante no Brasil. Vem da sua propensão obsessiva para a morte alheia, até
mesmo por meio de um vírus", escreve Janio.
Mas a sexta-feira também foi marcada pela ameaça do
general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional
(GSI), ao Supremo Tribunal Federal. A propósito, disse Janio:
"a exibição do ambiente de alta cafajestada, enfeitado pelo idioma
doméstico de Bolsonaro, seguiu-se a uma sessão preparatória, da lavra do
general Augusto Heleno e convalidada pelos generais palacianos. Resumido de
corpo e ressentido típico, Augusto Heleno é dos que não falham: onde esteja,
sua soma de arrogância e agressividade frutificará em problemas".
"Exemplo definitivo: sua única missão propriamente
militar levou a ONU ao ato inédito de pedir ao governo brasileiro a sua
retirada do Haiti, onde manchou com operações desastradas e numerosas mortes o
comando brasileiro de uma força internacional contra a violência local",
completa Janio a respeito de Heleno.
Com informações Conversa Fiada
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