quarta-feira, 15 de abril de 2020

VIGIAR E LUCRAR - Nós identificamos dois clientes dos dados de localização ‘anônimos’ vendidos pela Vivo


Por Tatiana Dias

O músico e funcionário público Jarbas da Rocha saiu de casa, em Domingos Martins, interior do Espírito Santo, para ir a Santa Maria do Jetibá, a pouco mais de 50 quilômetros de distância. Lá, tocou com sua banda em abril de 2016 na Festa Pomerana, evento anual que celebra a chegada de imigrantes da extinta Pomerânia na região. Quatro anos depois, eu encontrei esse deslocamento de Rocha em uma planilha vendida pela Vivo à Secretaria de Turismo do Espírito Santo.

Cliente da Vivo, maior operadora de celular do Brasil, Rocha não imaginava que seu celular, monitorando seus movimentos, estava também produzindo dados que a empresa, depois, transformaria em dinheiro.

Na planilha vendida em 2017 ao governo do Espírito Santo, Rocha não é exatamente Rocha. É um indivíduo não identificado, homem, idade entre 50 e 59 anos, que vive em Domingos Martins, cidade de 33 mil habitantes,

Beba na Fonte> The Intercept

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