Por Tatiana Dias
O músico e funcionário público Jarbas da Rocha
saiu de casa, em Domingos Martins, interior do Espírito Santo, para ir a Santa
Maria do Jetibá, a pouco mais de 50 quilômetros de distância. Lá, tocou com sua
banda em abril de 2016 na Festa Pomerana, evento anual que celebra a chegada de
imigrantes da extinta Pomerânia na região. Quatro anos depois, eu encontrei
esse deslocamento de Rocha em uma planilha vendida pela Vivo à Secretaria de
Turismo do Espírito Santo.
Cliente da Vivo, maior operadora de celular do Brasil, Rocha não imaginava
que seu celular, monitorando seus movimentos, estava também produzindo dados
que a empresa, depois, transformaria em dinheiro.
Na planilha vendida em 2017 ao governo do Espírito
Santo, Rocha não é exatamente Rocha. É um indivíduo não identificado, homem,
idade entre 50 e 59 anos, que vive em Domingos Martins, cidade de 33 mil
habitantes,
Beba
na Fonte> The Intercept
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