quinta-feira, 16 de abril de 2020

Como o Maranhão driblou os EUA e a Alemanha para comprar respiradores da China

A compra dos equipamentos da China foi feita com dinheiro doado por empresários locais e a entrega aconteceu com o que o governo do Maranhão chamou de "operação de guerra".  (Respiradores são desembarcados no aeroporto de São Luís (MA)

Por Congresso Em Foco

Uma carga de 107 respiradores vindos da China chegou ao aeroporto de São Luís, no Maranhão, na noite desta terça-feira (14). Para conseguir fazer com que os equipamentos que serão usados por pacientes com coronavírus chegassem ao estado, o governo montou o que chamou de “operação de guerra”. A estratégia foi necessária porque em três tentativas anteriores a compra foi “desviada” no meio do caminho.

Em duas situações, Estados Unidos e Alemanha pagaram mais aos fornecedores chineses e levaram os respiradores que estavam reservados pelo Maranhão. Em outra, numa compra interna, o governo federal confiscou toda a produção nacional para distribuir os equipamentos de acordo com seus critérios.  

Para driblar os outros interessados, o governo mudou a rota de compra e trouxe a mercadoria pela Etiópia. Ao desembarcar em São Paulo, a carga foi direto para o Maranhão e só lá passou pelos trâmites da Receita Federal, evitando assim que ficassem em SP por ordem do governo federal. Segundo a Folha de S. Paulo, a operação custou R$ 6 milhões e envolveu 30 pessoas. 

Além dos respiradores, a carga continha também 200 mil máscaras. Todos os equipamentos foram comprados com dinheiro doado pela iniciativa privada. 

Segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde, mais de R$ 10 milhões já foram doados por empresário locais ao governo do Maranhão desde o início da pandemia de covid-19.

Assista abaixo vídeo produzido pelo governo do Maranhão sobre o caso



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