Assembleia foi realizada
na manhã deste sábado em Siderópolis (Foto: Eduardo Madeira)
Por Rafaela Custódio - Engeplus
Os trabalhadores da indústria de mineração entrarão em
greve a partir da próxima segunda-feira, dia 24, à meia-noite. A decisão da
paralisação aconteceu na manhã deste sábado, dia 22, em assembleia realizada na
cidade de Siderópolis, com cerca de 300 pessoas participando. A greve
acontecerá nos municípios da Região Carbonífera e mais de dois mil mineiros
devem aderir ao movimento.
Segundo o presidente da Federação dos Mineiros do
Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina (Fetiec), Genoir dos Santos,
a greve será gradativa, ou seja, a primeira paralisação acontecerá na
Carbonífera Metropolitana de Treviso. “Cerca de 750 trabalhadores trabalham na
empresa e vão aderir ao movimento. A greve nesta empresa acontecerá nos dias
24, 25 e 26 de fevereiro”, garante.
De acordo com Santos, os trabalhadores estão buscando a
unificação dos pisos salariais, plano de saúde, estabilidade pré-aposentadoria,
lanche adequado e reajuste 7% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor
(INPC). “Nos ofereceram 5.15% de reajuste para o trabalhador que recebe abaixo
do piso e 5,88% para os funcionários que recebem o piso salarial, e não foi
aceito”, comenta.
Confira os dias que as empresas deverão
aderir à greve:
Carbonífera Metropolitana - 24, 25 e 26 de fevereiro
Rio Deserto - 26, 27 e 28 de fevereiro
Carbonífera Belluno - 2, 3 e 4 de março
Carbonífera Catarinense - 4, 5 e 6 de março
“Vamos parar gradativamente. Não serão todas as
empresas ao mesmo tempo, porém, se nenhum acordo for fechado, com certeza terá
greve geral”, afirma o presidente da Fetiec.
O Diretor Executivo do Sindicato das Indústrias de
Extração de Carvão Mineral do Estado de Santa Catarina, Coronel Márcio
Cabral, afirma que o Sindicato Patronal continua buscando uma negociação.
“Estamos dispostos com a negociação dentro de uma proposta com que se aproxime
da realidade nacional, porque o pedido que foi feito pelo sindicato de 7% está
fora de qualquer realidade de reajuste salarial do Brasil e a proposta feita
pelos empresários é a melhor proposta do país para uma categoria econômica
privada com data base no mês janeiro”, declara.
Cabral relata que a paralisação afetará todo o setor
econômico da região Sul de Santa Catarina. “Afetará a economia porque deixa de
produzir. O prejuízo é para as empresas e também para os trabalhadores”,
garante.
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