"Sombra de Bolsonaro", Hélio Negão foi descoberto
em envolvimento com crime, porém, há suspeita que a PF, ao comando de
Bolsonaro, tenta forjar que trata de outra pessoa. Para
salvar a cara do Ministro Sérgio Moro, a Policia Federal resolveu encontrar um
bode expiatório, o delegado Leonardo Tavares, da Delegacia de Repressão a
Crises Previdenciários do Rio de Janeiro. Confira,
primeiro, o relatório do Tribunal de Contas sobre a quadrilha.
Por
Luis Nassif - GGN
Ao
contrário do que diz Bolsonaro, e mesmo fontes da Polícia Federal, citado pelo
líder da quadrilha da fraude do INSS, Hélio Negão é o amigo do presidente, e
não um homônimo. As fontes da PF dizem que o nome de Negão foi colocado
indevidamente para comprometer o superintendente da PF no Rio de Janeiro.
Não é verdade. É o próprio Hélio Negão.
Confira,
primeiro, o relatório
do Tribunal de Contas sobre a quadrilha.
Consta
nos autos que o servidor Luiz Henrique Nunes da Silva foi preso em flagrante no
momento em que estava no atendimento na APS Santa Cruz – IPL
382/2009-5/DELEPREV/SR/DPF/RJ (peça 1, p. 64) . Ao ser interrogado perante a
Polícia Federal o servidor confirmou as irregularidades ao relatar que (peça 1,
p. 91) :
‘
(…) na ocasião da sua prisão confirma que estava processando benefícios
sem a presença dos segurados; que isso foi feito por pedido do Sr. HÉLIO
NEGÃO, – que HÉLIO NEGÃO era um despachante previdenciário que atuava na APS
Santa Cruz; que o declarante o conhecia em virtude da presença do mesmo na APS
e de contados (sic) feitos em uma padaria próxima, onde os mesmos tomavam
café; que HÉLIO NEGÃO pediu ao declarante para conceder os referido
benefícios, independentemente das pessoas estarem presentes; que HÉLIO
NEGÃO se dizia candidato ao cargo de vereador no município do Rio de Janeiro e
ofereceu ao (sic) uma eventual vaga de emprego para o filho do declarante, caso
fosse eleito; que afirma que fez outras concessões a pedido de HÉLIO NEGÃO; que
essas concessões eram feitas sem a presença de qualquer segurado (…) ’
Ora,
em 2016 Hélio Negão foi candidato a vereador pelo PSC em Nova Iguaçu.
Para
salvar a cara do Ministro Sérgio Moro, a
Policia Federal resolveu encontrar um bode expiatório, o delegado Leonardo
Tavares, da Delegacia de Repressão a Crises Previdenciários do Rio
de Janeiro, acusado de
“tentar
direcionar uma apuração de crime previdenciário para um alvo chamado Hélio
Negão, o mesmo apelido usado pelo deputado Hélio Fernando Barbosa Lopes, amigo
do presidente Jair Bolsonaro”.
A
possibilidade de inclusão indevida do nome em um inquérito foi o que motivou o
ministro da Justiça, Sérgio Moro, a determinar
uma apuração sobre o caso na segunda-feira, 9. Ainda não está
claro para a Polícia Federal, porém, se o alvo da investigação era o próprio
deputado ou um homônimo”.
É
evidente que a coincidência entre o nome e a candidatura a vereador atropela
qualquer análise de probabilidade.
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