segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Governador de SC: mais um que pula do Titanic Bolsonaro

Na prática, Moisés tenta ocupar o vácuo e se consolidar como uma influente e longeva liderança política do estado. Ao impor seu estilo ao PSL, o ex-bombeiro aproxima-se de setores menos radicais, a fim de preparar o terreno para as eleições municipais de 2020. Um de seus neoaliados é o vereador Tiago Silva, ex-MDB, especialista em Direito do Consumidor e atualmente sem partido. Filho do ministro Jorge Mussi, do STJ e TSE, Silva renunciou à vaga na Câmara Municipal para assumir a direção estadual do Procon. Silva seria o candidato do governador na disputa pela prefeitura de Florianópolis. Além do trabalho em defesa do consumidor, o ex-vereador é militante ativo do movimento LGBT e um dos primeiros organizadores da Parada Gay na capital. Foto: Valter Camparato/ABR

Como centenas de políticos, Comandante Moisés aproveitou a onda nas eleições de 2018. Neófito na política, coronel da reserva do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, ele mimetizou os gestos – não foram raras as fotos em que imitava uma arma com os dedos – e a agenda moralista de Jair Bolsonaro. Deu certo. Em sua primeira eleição, Moisés, inicialmente cotado para a posição de tesoureiro de campanha, acabou ungido candidato do PSL, produziu um tsunami que afogou lideranças tradicionais e assumiu o comando de um estado rico e com indicadores de desenvolvimento humano bem superiores à média nacional. No segundo turno, passou dos 70% dos votos.

As coisas não são mais as mesmas. Bastaram oito meses de governo Bolsonaro para o cenário mudar radicalmente: as ondas havaianas em um dia de sol de outubro transformaram-se em uma ressaca e atingiram não só o presidente, mas boa

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